ENTRE O AZUL E O INFINITO

Primavera

Sukuna caminhava pelas ruas de Tokyo ao entardecer, vendo as flores de cerejeira começarem a se abrir, a primavera tinha finalmente chegado.

Ao seu lado esquerdo estava Megumi e um pouco atrás dos dois Yuji e Satoru. Apesar de ter se negado rotundamente a sair em um encontro de casais, o Itadori mais velho foi convencido por seu gêmeo. Quando Yuji o pedia algo o implorando com seus olhos de cachorro, ele não conseguia dizer não ao garoto.

Desde o jantar que seu irmão e seus amigos tinham planejado, Sukuna tinha se esforçado em reconquistar o Fushiguro. O levou em muitos encontros, jantares em restaurantes luxuosos a comidas de rua, foram ao cinema e também em cafeterias de animais, caminharam por parques ao entardecer e observaram as estrelas a noite. E então quando perguntou novamente ao garoto de cabelos negros se queria namorar com ele, este o respondeu que sim; e Sukuna finalmente pode sorrir com entusiasmo de novo.

Para o Ryomen ainda era incômodo ver seu irmão com a maldita rata albina pervertida. Porém Yuji estava tão feliz ao lado dele, que Sukuna não podia se permitir atrapalhar a felicidade de seu gêmeo. Por isso tinha cedido e aceitado aquele estúpido encontro de casais.

O Itadori menor tinha dito que não precisava se preocupar com absolutamente nada, que Gojo e ele cuidariam de tudo, o que deixava Sukuna ainda mais preocupado, porque quem sabia o que o albino poderia fazer, afinal de contas ele era alguém que tinha certo apreço ao exagero e principalmente a loucura e confusão.

Entretanto ele confiava em Yuji e não era como se seu irmão fosse ser contaminado com a insanidade de Satoru, não é mesmo?!

Sukuna internamente começava a se perguntar se era tarde demais para desistir ou talvez quem sabe fugir com Megumi.

-Nós já chegamos?! Porque eu me recuso a dar mais um passo, sem saber a onde estamos indo. -O garoto de cabelos rosados perguntou, ficando de frente ao casal a suas costas.

-Não precisa ficar nervoso Suku-Chan, nós já chegamos. -Satoru comentou apontando para a sua esquerda.

Ignorando como tinha sido chamado, olhou para onde o albino apontou e viu o que parecia ser uma feira. Um suspiro de alívio abandonou seu corpo, aparentemente o garoto de óculos escuros tinha planejado algo normal para aquele dia.

Caminhando por entre as muitas barracas os quatro observavam tudo com interesse, comidas, bebidas, jogos, amuletos. Sukuna acreditava que talvez até mesmo pudesse se divertir, mesmo com a presença irritante de Satoru próxima a ele.

-O que faremos primeiro? -Megumi questionou.

-Comer! -Os gêmeos exclamaram em uníssono.

-Por mim tudo bem, se meu Yuji-Kun quer comer eu comprarei o que ele quiser. -Satoru disse abraçando ao garoto de cabelos rosados.

-Solte o meu irmão seu bastardo. -Sukuna grunhiu.

-Sukuna! -O Fushiguro cruzou os braços sobre o peito.

-O que? -Respondeu indignado.

-Vocês vão vir o vão ficar parados ai o dia todo. -Seu gêmeo disse se afastando com o albino ao seu lado.

-Quando foi que eles...

-Vamos. -Megumi segurou seu braço o puxando para que o seguisse.

-Não podemos os deixar e ir para outro lugar?! -Indagou se colocando ao lado do outro garoto.

-Você tem certeza de que realmente quer deixar os dois sozinhos?! -Megumi sorriu com burla.

-...

-Vou tomar o seu silêncio como um...

-Vamos mais rápido, quem sabe onde a rata albina pode levar o meu irmão. -Disse o interrompendo.