Férias de Verão [Parte 6]

254 13 8
                                    

Suguro caminhava apressado pelos corredores de madeira da casa tradicional. Precisava chegar a cozinha antes que Sukuna fosse o buscar, para que o ajudasse a preparar o almoço. Não queria que os gritos e queixas do Itadori arruinassem o seu dia. Mas grande foi a sua surpresa ao encontrar apenas Nanami sentado também a espera, e nenhum sinal de Sukuna pelas proximidades.

-Onde ele está?

-Eu pensei que estivesse com você. -O loiro respondeu.

-Eu não o vejo desde a manhã.

-O mesmo comigo. -Kento afirmou.

-...Então, o que teremos para o almoço, minhas belas servas? -Toji questionou surgindo do nada.

-A sua lingua ao molho shoyu?! -Nanami zombou presunçoso.

-Ha! Ha! -O Fushiguro fingiu gargalhar. -Onde está a flor de cerejeira? Ele não devia estar aqui os ameaçando com uma colher de madeira? -Disse observando com atenção ao seu redor.

-Não sabemos onde ele está. -Geto comentou. -Não o vemos desde o café da manhã.

-...Eu o vê mais cedo conversando com Megumi. -Shoko disse entrando na cozinha.

-Então eles estão juntos? -Kento indagou.

-Não. -Toji negou com a cabeça. -Megumi está com Nobara, Maki e Toge na praia.

-...Eu o vê indo em direção ao pier. -Yuta se uniu a conversa. -Ele parecia estar zangado com algo.

-Ele sempre parece estar zangado com algo. -Nanami afirmou.

-Sim, mas ele também parecia estar...

-Estar?! -Suguro questionou.

-...Triste?!

-Sukuna triste? -Shoko bufou. -Com aquele ego enorme que ele possuí?! -Sorriu zombeteira. -É mais provável Nanami deixar sua expressão apática, do que o Itadori estar triste.

-Ei!!

-O que, é verdade! -Shoko exclamou provocando o loiro.

-...Vou o procurar. -Suguro caminhou em direção a saída. -Não deixe que eles toquem em nada. -Apontou para Kento. -Tudo o que não precisamos agora, é um Sukuna mais irritado do que já está.

Geto acreditava saber o porque da irritação e da possível tristeza, que Yuta viu em Sukuna. O garoto de cabelos rosados e o Fushiguro menor estavam a semanas sem nem mesmo olharem um para o outro. Não era necessário ter três olhos para saber que o Itadori estava completamente rendido pelo outro garoto. E agora depois de tanto tempo aparentemente tinham podido ter uma conversa decente, como ele vinha insistindo incessantemente, porém era provável que talvez não tivesse saído como ele desejava. Que era a resposta ao seu estado atual.

Sentindo a areia abaixo de seus pés ser esmagada a cada passo, Suguro olhava ao redor a procura do Itadori. Não demorou muito para o encontrar, agradeceu aos céus pela cor tão chamativa dos cabelos do garoto.

Caminhou a passos lentos e se sentou próximo a ele. O observou pela canto do olho, e para sua surpresa o garoto parecia não o ter notado, estava imensamente submerso em seus pensamentos, afundando mais a cada segundo, em seus próprios devaneios e alucinações.

-...Você sabia que Uraume me amava? -Perguntou o surpreendendo.

-...

-Sabia?

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora