Bebidas, Beijos e Brigas [Parte 4]

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Sukuna caminhava pelos jardins da casa de Gojo, seguindo Megumi de longe. Tinha visto quando o garoto de cabelos negros, saíu sem chamar a atenção. Se não estivesse tão consciente de tudo ao seu redor, não teria percebido sua tentativa de escape. Sukuna ainda se sentia confuso com relação as palavras ditas por Megumi e Yuji. Ele não conseguia acreditar, era impossível. Yuji claramente era um tolo inocente. Suas palavras, seus gestos e ações, eram tímidas e banhadas de excessiva pureza. Não existia a menor possibilidade de que fosse verdade.

Era o que queria acreditar, mas sabia que poderia ser real, seu irmão e o Fushiguro menor tinham inúmeros segredos, definitivamente poderiam ser dois imorais que participavam de orgias e quem sabe mais o que. Talvez Yuji se parecesse mais com ele e Megumi com Toji, do que eles imaginavam. Não que ele e o garoto com a cicatriz na boca fossem malditos pervertidos, apenas não escondiam seus anseios e desejos ou qualquer outra coisa.

Mesmo assim, o Itadori queria ter certeza, e para isso teria que averiguar com um dos dois, e Yuji não era um opção, por isso seguia Megumi, não pretendia o precionar para ter as respostas que desejava, entretanto faria o que fosse necessário.

Seus passos eram suaves no gramado verdejante, a noite estava quente e quando chegasse o verão ficaría mais. Não tinha bebido muito, mas sentia um pouco de bom humor que a bebida trazia. Ele não sabia que horas eram, mas era tarde, por mais que não quisesse, teria que dormir na casa da rata albina, não estava em plenas condições para voltar para casa, e Yuji também não. O último que queria era seu pai ver seu irmão embriagado, mas era provável que ele estivesse perfeitamente bem. Parecia que tinha bastante resistência, Sukuna não sabia como a tinha conseguido, porém era claro, que era mais um de seus segredos.

Encontrou o garoto sentado na grama, olhando as estrelas no céu. Se aproximou lentamente e se sentou ao seu lado, deixando apenas uma pequena distância entre os dois.

-Vá em frente.

-Humm?!

-Me pergunte o que você quer perguntar. -Megumi disse indiferente.

Sukuna tinha conseguido a oportunidade que queria, finalmente téria as respostas que desejava, porém sua curiosidade tinha desaparecido. Não conseguia formular nenhuma pergunta, não que tivesse medo, ou algum receio, apenas não ansiava como antes pela verdade.

-Não tenho nada a perguntar. -Deu de ombros.

-Não me venha com essa! -Revirou os olhos. -É claro que você quer perguntar algo.

-Não, eu não quero.

-Você está pensando o mesmo que os outros, não esta? Que Yuji e eu somos uns pervertidos! -Rugiu com fúria.

Aparentemente Megumi não estava tão sóbrio quanto ele pensava. Só esperava que o garoto não fizesse um escândalo dramático.

-Eu não estou pensando nada.

-Eu não acredito em você!!

-Megumi. -Disse ficando de frente para ele. -Você e Yuji não são pervertidos.

-Como você pode ter certeza?! -Vociferou furioso, Sukuna não pode, não deixar de ver, como suas mãos tremiam.

-Se eu digo que não, é porque não! -Estava começando a se irritar.

-Eu digo que sim!!

-Não!!

-Sim!!

-Não!! -Segurou seus braços com força suficiente para deixar marcas. -Droga,  você não é um maldito pervertido!!

-Sim eu sou!! -Gritou desesperado, com os olhos brilhando com lágrimas contidas.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora