Férias de Verão [Parte 7]

199 13 11
                                    

Megumi bocejou se sentindo cansado, não tinha conseguido dormir bem a noite. Por mais que tentasse relaxar, a ansiedade não permitia. Aquele finalmente era o dia, em que teria seu primeiro encontro com Sukuna.

Estava empolgado e assustado ao mesmo tempo. Se perguntava frequentemente o que vestir, onde poderiam ir. Talvez devessem ver um filme? Ou ir ao shopping? Comer em uma lanchonete? Ou uma cafeteria? Apenas caminharem sem um destino certo?

O Fushiguro parou subitamente, não tinha percebido quando começou a andar em círculos, mas começava a ficar tonto. Porque estava tão ansioso, ele não era assim. Por mais apavorante que fosse a situação, ele sempre era capaz de se manter calmo. Entretanto agora era um grande emaranhado confuso.

Por não ter conseguido dormir rapidamente, tinha acordado mais tarde que o habitual, todos já tinha terminado seu café da manhã e agora estavam em algum lugar, fazendo quem sabe o que.

Praticamente arrastando seus pés chegou a cozinha e se serviu com o pouco que tinha, seus amigos eram verdadeiras dragas famintas. Comendo lentamente pensou se deveria conversar com Yuji antes de sair. Não sabia se deveria dizer sobre ele e Sukuna agora, ou se esperaria até que tivessem algo um pouco mais concreto. Não importavam as opções, ele contaria ao seu melhor amigo. Ele entendia o porque de Yuji não ter dito sobre ele e Satoru imediatamente, sabia exatamente o que ele sentiu, porque era o que sentia agora. Mesmo assim contaria, não iria esperar que o Itadori menor os flagasse, assim como aconteceu com ele. Porque entre Sukuna e Yuji existia uma irmandade que começava a florescer e Megumi não queria a ver colapsar.

Colocando sua última fatia de pão na boca, viu Sukuna entrar e se aproximar de onde estava sentado.

-Bom dia! -Exclamou.

Megumi apenas acenou com a cabeça, porque sua boca ainda estava cheia, deixando suas bochechas redondas como as de um esquilo.

Sorrindo de sua aparência, Sukuna se inclinou na direção dele e antes que Megumi percebesse, mordeu sua bochecha.

O garoto de cabelos negros o empurrou para trás e escondeu seu rosto com as mãos, sentindo o sangue fluir com rapidez, tingindo tudo no seu caminho de vermelho.

-...Você está parecendo um tomate. -O Itadori zombou debochado.

-Calado!!

-Oh! Agora está ainda mais vermelho. -Afirmou sorridente.

Megumi ameaçou se levantar pronto para fugir e se esconder onde ninguém nunca pudesse o encontrar.

-Espere! Espere! -Pediu. -Me desculpe, me desculpe, eu não vou continuar.

Com uma expressão irritada, se sentou novamente e cruzou os braços, não o olhando nos olhos.

-Realmente me desculpe. -Disse sincero.

-...Está tudo bem, não é necessário se desculpar. -Sorriu para ele. -Eu que exagerei.

Os dois se entreolharam e sorriram expressando seus sentimentos.

Megumi se sentia bem com a presença dele, foi algo que descobriu quando o ajudava em cálculo. Ainda se sentia magoado por ter sido enganado, porém apesar do que sentia, não podia evitar sorrir quando pensava no porque de Sukuna ter mentido. Saber que este queria ficar próximo a ele o deixava inexplicavelmente com uma sensação de borboletas no estômago e seu peito aquecido com brilhantes chamas douradas.

Seu sorriso diminuíu ao ver uma expressão seria na face de seu acompanhante. Algo o estava incomodando? Talvez algo que ele tenha dito ou feito? Por mais que pensasse não conseguia identificar o que era.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora