Tarde de Estudos

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-...Megumi, você vai vir ou não?

Megumi ouviu uma voz grave e autoritária soar no primeiro piso de sua casa. Hoje ele iria a casa de Yuji o ajudar em seus trabalhos escolares. E por algum motivo desconhecido Toji tinha decidido o acompanhar.

-Não era necessário gritar, o único ancião surdo aqui é você. -Zombou recebendo um grunhido como resposta.

Megumi tinha se compadecido de seu amigo ao o ver suplicar a Sukuna por ajuda e este apenas lhe dar as costas o ignorando. Ele o ajudava com frequência já que Yuji não era o ser mais inteligente do universo. Números eram sua fraqueza. Enquanto em qualquer tipo de esporte ele era excelente. Tinha uma importante pesquisa acadêmica para concluir, mas auxiliaria Yuji no que era necessário.

Chegaram a casa e foram recebidos pelo pai dos gêmeos. Megumi gostava dele, era sempre simpático e uma aura brilhante estava sempre ao seu redor. Yuji tinha herdado todos esses traços dele. E quanto a Sukuna, Megumi ainda não compreendia como poderia ser filho desse homem e irmão gêmeo de Yuji. Era tudo um grande mistério para ele.

Ao entrarem na casa, cada um dos irmão Fushiguro foi em uma direção, apesar de já fazer este mesmo trajeto centenas de vezes, Megumi ainda se sentia envergonhado. Toji ao contrário adentrava pelos corredores como se fosse o dono do local. Abrirão as portas que ficavam uma em frente a outra e entrarão as fechando silenciosamente.

-...Acorde seu idiota! -Megumi jogou sua mochila sobre o estômago de Yuji, que acordou em um sobressalto.

-Ahhh!!! Megumi... quando vo-cê chegooouuu? -Disse bocejando.

-Isso não importa. Me mostre o quanto de progresso você já fez. -Se sentou no chão, pegando seus materiais.

-Humm... Então...

-Você não fez nada, não é mesmo? -Suspirou pensando em mil maneiras de matar aquele garoto de cabelos rosa.

-...Talvez?!

-Auch... -Megumi se lançou sobre Yuji definitivamente pronto para o estrangular. -Espere Megumi... Espere. -Yuji se esforçava em segurar aquelas mãos que estavam a centímetros de sua garganta. -Calmo... fique calmo. Vamos, inspire e expire, inspire e expire... Melhor? -Perguntou ainda o segurando com firmeza.

-Aaahhh!!! -Megumi soltou sua mão direita e em um giro rápido torceu o mamilo de seu amigo. O gritou agudo de dor de Yuji pode ser ouvido do outro lado da cidade. Sim. Agora ele se sentia melhor.

-Que merda foi essa! O que aconteceu?
- Sukuna gritou abrindo a porta com força o suficiente para a arrancar de sua dobradiça.

-Humm... isso é inesperado. -Toji comentou, apenas sua cabeça era visível na porta. -Não sabia que vocês tinham esse tipo de relação.

Megumi não compreendeu o comentário de seu irmão até ver a posição em que estava. Yuji estava gritando, um pouco ofegante, com lágrimas nos olhos e Megumi estava por cima dele, com a mão sobre seu peito. Realmente dava aos observadores muito ao que imaginar.

Saiu de cima de Yuji rapidamente, sentindo como suas bochechas ficavam vermelhas.

-Ele queria me punir por não ter concluído o trabalho. -Yuji se sentou massageando seu mamilo maltratado.

-Concluído. Como você poderia ter concluído se nem mesmo o começou! -Esbravejou furioso. -Eu simplesmente não deveria o ajudar mais.

-Não... não... não. -Yuji rastejou se aferrando a perna de Megumi. -Você não pode. Este trabalho é minha única chance de recuperar a nota necessária para não reprovar neste semestre. -O olhou com olhinhos de cão abandonado. -Por favor
... por favor. -Suas súplicas de joelhos tornavam o momento extremamente dramático. -Eu faço o que você quiser Gumi.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora