Bom Dia

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Satoru abriu os olhos preguiçosamente, não sabia que horas eram, mas pela luz brilhante que atravessava suas janelas, o sol já tinha nascido à algum tempo.

Tentou se levantar, porém foi impedido por um peso sobre seu peito. Olhou para o que poderia ser o causante de sua retenção e sorriu comovido.

Yuji. Sua pequena flor de cerejeira dormia profundamente sobre seu corpo, seus cabelos rosados caíam por todos os lados possíveis, a boca levemente aberta, sua mão direita repousando próxima ao seu rosto. Para Gojo era a mais sublime visão que seus olhos já contemplaram.

Deslizou suavemente a mão esquerda até a sua face, e acariciou suas ternas bochechas, com o polegar, traçou os contornos daqueles pequenos lábios macios, que tanto gemeram seu nome a noite.

Satoru ainda podia ouvir todas as súplicas, que fluiram pela boca do menor naquela noite de luxúria. O seu nome que foi constantemente repetido, enquanto ele arremetia no cálido interior de seu amante.

Eram poucas as vezes que depois de se amarem, podiam dormir nos braços um do outro. Nas vezes em que não podiam se satisfazerem com apenas alguns beijos, íam a hotéis ou tinha curtos encontros, principalmente em sua casa, já que Sukuna sempre estava presente, quando ele ía para casa de Yuji o ajudar em seus deveres escolares. Por isso para o garoto de cabelos brancos todos aqueles momentos eram extremamente especiais, para ele não existia nada mais prazeroso que acordar ao lado da pessoa ao qual amava.

Olhou o relógio ao lado de sua cama e se surpreendeu pelo horário, já passavam das dez. Entretanto não deveria estar surpreso, pois ele é Yuji passaram grande parte da noite acordados. Mas apesar das poucas horas de sono que teve, não se sentia cansado, era exatamente o oposto. Um efeito de ter Yuji em seus braços supôs.

Satoru não queria o acordar, mas o Itadori deveria voltar para casa, não que ele realmente quisesse que este voltasse, apenas preferia não ter Sukuna invadindo sua casa em um final de semana, ao qual tinha iniciado de forma maravilhosa. Ainda assim poderiam repetir aquela noite incrível no próximo fim de semana, afinal o albino tinha se oferecido para ajudar Yuji a estudar. Estavam a poucos meses de se graduarem no colegial, e ele fazia questão de que seu algodão-doce estivesse entre os melhores alunos.

Satoru não suportaria se tornar um universitário enquanto Yuji permanecia no colégio, não conseguiria sobreviver sem a constante companhia dele, tinha plena certeza que definharia. Por isso se empenhava o máximo que podia em o ensinar tudo o que não compreendia, obviamente as vezes não podia resistir e se distraía com seu namorado, mas quem poderia o culpar, Yuji era muito adorável e inocente para o seu próprio bem.

Na noite passada estavam revisando tudo o que ainda o deixava confuso, mas para Gojo, a face confundida do Itadori era tentadora demais. O albino resistiu o máximo que pode, porém quando seu parceiro fraziu suas sobrancelhas e os seus lábios e inconscientemente começou a morder a parte traseira de seu lápis, não pode mais se conter e o atacou, devorando cada milímetro de seu cálido corpo. Ver as inúmeras marcas sobre ele o deixavam ainda mais satisfeito e arrogante, para Satoru, eram marcas que indicavam que Yuji inegavelmente era seu.

-...Yuji-Kuunn, está na hora de acordaarr. -Cantarolou em seu ouvido.

-...Humm...

-Yuujii, vamos lá, abra os olhos para miimm! -Insistiu.

-...Sa-toru. -Disse ainda adormecido.

-Sim, sou eu... Seu amado Satoru-Senpai! -Beijou o ombro dele, sobre uma das muitas marcas que fez na noite passada.

-Sempai! Ha! Ha! Faz cócegas. -Disse tentando se afastar do garoto maior.

-Yuji, não fuja! -O abraçou com força, deixando incontáveis beijos por sobre sua face.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora