Mentiras e Segredos

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Megumi corria rapidamente pelos corredores de seu colégio, seus olhos se moviam frenéticos a procura de um jovem com uma chamativa cabeleira rosa.

Não o tinha visto sair da sala de aula. Quando terminou de guardar seus materiais em sua mochila ele tinha simplesmente desaparecido.

Megumi tinha percebido como Yuji estava agindo estranho a algumas semanas. Ele já não os encontrava nem na entrada e nem na saída do colégio, quase sempre dizia que iria comprar um refrigerante e não voltava antes do último toque para regressar as aulas. Não era incomum Yuji agir de forma estranha, incomum era Megumi não estar envolvido. Porque sempre que Yuji estava imerso em algum problema, ele também estava. Mesmo que não admitisse, ele se sentia um pouco triste por ser excluído. Sabia que ao ter outras pessoas ao seu redor e com sua grande capacidade de fazer amigos, muitas outras pessoas entrariam na vida de Yuji. Apenas não queria que se afastassem como começava a acontecer.

O garoto de cabelos negros parou para recuperar o fôlego. Não encontrava Yuji em lugar algum. Ao sentir oxigênio entrar em seus pulmões um dúvida surgiu em sua mente.

Porque ele estava tão desesperado em encontrar seu amigo? Porque era necessário o encontrar rapidamente?
Sukuna.
Foi tudo o que Megumi pensou. Ele necessitava o encontrar por Sukuna. Seus olhos se arregalaram ao constatar os fatos.

Aquele era um dia comum como qualquer outro. Ele tinha levantado cedo, tomado banho, vestido seu uniforme, revisado sua mochila, acordado Toji e quase tendo seu nariz quebrado no processo. Tomado seu café da manhã, pegado o trem na hora certa. Chegou antes do professor a sua sala. Tudo estava perfeitamente bem, até a aula de cálculo.

Nas últimas semanas ele vinha ajudando a Sukuna. Sempre estudavam em sua casa até o momento em que o garoto mais velho dizia que era hora de ir. Megumi acreditava que poucos minutos depois que ele ia embora, Yuji chegava. Não tinha certeza do porque, mas estava claro que Sukuna não queria que seu irmão o descobrisse. Talvez se sentisse envergonhado por não ser realmente bom em tudo o que fazia, como ele costumava gritar aos quatro ventos.

Megumi se considerava alguém com uma inteligência acima da média. Mas ao ver todos aqueles números e letras escritos no quadro negro, todas as suas certezas escorreram pelo ralo como água suja. Estava pensando que ele que ao menos entendia um pouco estava perdido, então alguém como Sukuna agora deveria estar chorando aos prantos em total negação. Entretanto sabia que a única pessoa que poderia compreender algo tão incompreensível e o ajudar era seu amigo. Megumi agora procurava Yuji para que o explicasse o melhor que podia, para que assim pudesse em fim ensinar a Sukuna. Megumi se encontrava em um emaranhado de segredos e mentiras ao qual ele iria agregar mais algumas.

Sukuna olhava impaciente para todos os lados, aqueles que o observavam por tempo demais, recebiam um olhar que fazia com que molhassem suas calças, alem de pesadelos terríveis pela fúria de seu olhar avermelhado como sangue

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Sukuna olhava impaciente para todos os lados, aqueles que o observavam por tempo demais, recebiam um olhar que fazia com que molhassem suas calças, alem de pesadelos terríveis pela fúria de seu olhar avermelhado como sangue.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora