Seu Melhor Amigo

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Sukuna se perguntava se ao matar seu irmão e o melhor amigo deste, que também se consideravam irmãos, ele seria preso por fratricídio.

Tinha adentrado por todos os corredores e salas do colégio, e não os tinha encontrado. Primeiro tinha ído até a classe que os dois compartilhavam e eles não estavam lá e nem nos arredores. Sukuna não era alguém paciente, talvez nem mesmo sabia o significado da palavra. Por sorte alguns garotos ao qual ele tinha perguntado calmamente se tinham os visto, o disseram gaguejantes que viram Megumi correndo pelos corredores do primeiro ano. Aquilo o surpreendeu, não sabia que Megumi tinha algum amigo naquele andar. Mas o que tinha o deixado mais curioso, foi o fato de ele estar correndo.

Porque estava? Estaria com algum problema? Ou ajudando alguém que estava com um? Sua imaginação criava inúmeras hipóteses, cada uma pior que a outra. Se alguém perguntasse, Sukuna jamais admitiria, mas as vezes quando estava só em casa, via doramas. Agora se arrependia de os ver, todos aqueles clichês cruzavam por sua mente e não conseguia não imaginar Megumi brigando para proteger alguém, seu irmão talvez, existiam muitas pessoas no colégio que o odiava. Ele e Yuji eram malditamente iguais e claramente poderiam ser confundidos, como as vezes acontecia, e seu irmão poderia ser golpeado em seu lugar.

Sukuna se sentia agora um pouco mais desesperado ao uma imagem de um Yuji desacordado sangrando nos braços do Fushiguro menor, brotar em seus pensamentos como ervas ruins. Começou a correr e ao virar por um corredor estreito, chocou seu corpo com alguém.

-Ei!! Olhe por onde anda seu bastar...

As palavras se esfumaçaram em sua boca ao ver Megumi a sua frente, não pode não notar como as bochechas dele estavam coradas. Ou como se tornaram mais rubras ao ele o observar um pouco mais de perto. Porque ele estava assim? Ou melhor quem o tinha deixado assim?

-Me desculpe. -Se curvou para a surpresa de Sukuna.

-Não foi nad...

Suas palavras foram ignoradas quando Megumi passou ao seu lado, chocando de leve com seu ombro.

-O que houve? -Perguntou preocupado.

-...Nada. -Respondeu indiferente se apressando em ir embora o mais rápido possível.

-Ei!! Megumi. Megumi... Megumi. -Segurou seu braço com força o virando de frente para ele. -O que houve?

-Nada.

-Nada! Nada! É óbvio que aconteceu algo!! -Gritou exasperado.

-E se tiver acontecido? O que você tem haver com isso? -Puxou seu braço se soltando. -Nós não somos nada um do outro para você se preocupar!

-Somos amigos!! -Sukuna rebateu.

-Não! Não somos! -Seu olhar era frio e cortante como gelo. -Amigos não enganam! Amigos não... Mentem!

Sukuna viu Megumi o dar as costas e ir embora. Sentiu uma dor aguda em seu peito, não apenas pelas palavras que tinha ouvido, mas principalmente pela irá e a frieza direcionada a ele, que tinha visto nos olhos esverdeados do garoto. Não sabia como, mas era claro que Megumi tinha descoberto suas mentiras. Se sentia um idiota, tinha pedido a ajuda dele em cálculo, apenas para que pudessem passar mais tempo juntos. Tinha dito a primeira coisa que passou por sua mente e agora Megumi o odiava. Socou a parede a sua frente e apoiou sua cabeça nela, seu dia que até então tinha sido ótimo, definitivamente não poderia ficar pior.

 Socou a parede a sua frente e apoiou sua cabeça nela, seu dia que até então tinha sido ótimo, definitivamente não poderia ficar pior

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