O Rei das Maldições

254 10 11
                                    

-YUUUJIII!!!

A voz grave de Sukuna ecoou pela casa ao ele a adentrar em comoção.

-YUJI!! -O chamou subindo as escadas com pressa.

Depois da conversa conturbada e esclarecedora que teve com Choso, o homem mais velho o trouxe para casa. Durante todo o percurso eles se mantiveram em silêncio, pois cada um dos pensamentos de Sukuna eram apenas em o que poderia dizer para o seu irmão; como se desculparia, o que faría se Yuji não o perdoasse, se o odiasse para sempre.

-...Yuji precisamos conversar! -Exclamou entrando no quarto de seu gêmeo e o encontrando completamente vazio, o celular dele era a única coisa sobre a cama desfeita. -Yuji?

Se movendo com rapidez, entrou em seu próprio quarto acreditando que ele talvez estivesse dentro. Vendo sua habitação também vazia, decidiu o procurar nos demais cômodos.

Nada!
Ninguém!

Olhando as horas no relógio da sala de estar, viu que em breve seríam sete da noite. Seu pai somente chegaria as sete e trinta, normalmente neste momento Yuji estaria na cozinha preparando o jantar, afinal era o seu dia de o preparar, mas o lugar estava abandonado e não tinha nenhum indício que alguém tenha o usado nos últimos dias. Algo que teve certeza ao ver todas aquelas embalagens de comida no lixo. Se ninguém estava cozinhando durante sua ausência, então era impossível que seu irmão tivesse saído para comprar um ingrediente que precisava. Se este não era o motivo por ele não estar em casa, onde ele estaria.

Onde estava Yuji?

Sukuna não necessitou pensar muito para supor onde ele poderia estar. Agora que não existiam mais segredos para ocultar, nada impedia o Itadori menor de estar com a pessoa ao qual dizia amar.

-...A maldita rata albina! -Suspirou irritado. -Gojo Satoru.

Aprisionando dentro de se todo o desejo de matar aquele pervertido que seduziu seu irmão. Pegou seu telefone e ligou para a última pessoa de toda a face da terra a qual queria ouvir a voz naquele momento.

Com o coração retumbante esperou, se preparando mentalmente para tudo o que viría. Por mais que não quisesse fazer aquela ligação, era necessário, tinha que conversar com Yuji, tinha que pedir perdão. E se para que pudesse alcançar seu objetivo, fosse necessário ter que ouvir por alguns minutos a voz debochada e irritante de Gojo, era mais do que claro que faría este sacrifício.

-...Alô?!

Fechando seus olhos e respirando profundamente, tentou acalmou seus pensamentos homicidas.
Era por uma boa causa!
Era por uma boa causa!
Era por uma boa causa!
Estas eram as palavras que repetia constantemente em sua mente.

-Yuji está com você?! -Indagou.

-Boa noite para você também Sukuna! -O albino exclamou com entusiasmo.

-Ele está com você ou não? -Insistiu.

-...Humm?! -Sukuna podia ver claramente a expressão zombeteira do outro garoto.

-Responda de uma vez! -Sua paciência se extinguia a cada segundo.

-Responder?! Responder o que?

-A pergunta que eu te fiz! Onde está Yuji?!!

-...Yuji?!

-SIM! YUJI!! -Gritou exaltado. -Itadori Yuji! Meu irmão!!!

-Irmão?! Pensei ter te ouvido dizer, que vocês já não eram mais irmãos.

Satoru estava certo. Ele realmente tinha dito aquelas palavras cruéis e se arrependia amargamente por isso, porém não era o momento de se deixar abalar, precisava encontrar Yuji. O encontraria e se desculparia por todas e cada uma das idiotices, que disse naquele fatídico dia.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora