Um Novo Ano

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Megumi caminhava lentamente pelas ruas do bairro de Shibuya, a sua frente seguia Sukuna.

Uma brisa gélida atingiu sua face arrepiando sua pele. O inverno tinha chegado de forma voraz. A neve aos poucos começava a se acumular, em mais algumas semanas toda a cidade estaria vestida de branco.

Apesar do frio estava vestindo um kimono, afinal daqui à alguns minutos um novo ano se iniciaria. Para o Fushiguro o tempo tinha passado voando, em apenas um piscar de olhos, os meses tinham escorrido pelos seus dedos como areia. Ainda assim ele tinha se divertido muito, algo ao qual não acreditava ser possível a meses atrás, quando seus pais disseram que concluiria seus estudos em Tokyo e não na Inglaterra.

Tinha conhecido novas pessoas, feito novos amigos e encontrado alguém a quem amar. Definitivamente tinha sido um bom ano.

-...Megumi se apresse ou não chegaremos à tempo. -A voz grave do Itadori chamou sua atenção.

-Não me culpe, você é o único culpado de estarmos atrasados.

-O que você disse? -Rosnou.

-Apenas vamos! -Megumi revirou os olhos.

Estavam indo encontrar seus amigos para comemorarem. Apesar de dizer que não estava entusiasmado em estar com todos os outros, sentia a empolgação correr por suas veias. Por mais estranha e conturbada que fosse a amizade deles, se sentiam bem com a companhia uns dos outros.

Megumi acreditava que no futuro continuariam a estarem juntos em outras festividades. Pensar nessas possibilidades o fez lembrar do natal à alguns dias atrás, tinha estado junto a sua família, mas também desejou estar com Yuji e Sukuna. Infelizmente só pode os ver na manha seguinte, quando foi a casa deles levar seus presentes. Grande foi sua surpresa ao encontrar Gojo e o pai de seu melhor amigo, conversando alegremente enquanto bebiam chocolate quente. Soube por um zangado Sukuna que ele tinha passado a noite. Megumi só esperava que os idiotas apaixonados não tivessem feito nada, para que fossem descobertos.

Naquele dia ele conheceu o avô deles e descobriu de quem Sukuna tinha herdado seu mau gênio. Era provável que quando envelhecesse, se tornasse tão ranzinza quanto o senhor idoso. Depois de entregar os presentes a todos, se surpreendeu ao receber um do pai dos gêmeos e do velho Itadori. Gojo como sempre dramático, choramingou exigindo o seu, apenas depois de prometer que o entregaria mais tarde, que puderam finalmente começar à abrir o presentes

Não pode não rir quando Sukuna abriu o presente que Satoru o deu. Ver a expressão de puro e genuíno ódio dele ao ver o seu presente era simplesmente magnífica. O albino sabia como surpreender as pessoas, por que o Itadori maior jamais imaginou receber um livro, principalmente um de auto-ajuda. "Como manter a calma em frente as adversidades." Apenas pensar sobre isso o fazia querer gargalhar.

Depois disso, todos os presentes foram normais, ou mais normais possíveis. Yuji recebeu de seu irmão gêmeo, uma jaqueta com o desenho de um tigre nas costas, e o presenteou com um conjunto de aneis negros. Megumi sorriu ao ver os olhos de seu namorado brilharem contentes. Sukuna não deu nada a Satoru alegando que gente rica não precisava de nada, ganhando um olhar de repreensão de seu pai. Para ele deu um cachecol rosa com linhas negras, quando Gojo o perguntou o porque daquela cor, apenas recebeu um "Não se intrometa" como resposta. Envergonhado deu a ele um par de piercings que de algum modo, combinavam com os aneis que Yuji o deu, para seu melhor amigo comprou o par de tênis ao qual esteve falando por semanas, e ganhou dele uma jaqueta negra ao qual ele e Toji tinham visto no shopping e quiseram comprar, mas não puderam porque tinham gasto toda a sua mesada. Seu irmão ficaria realmente irritado, afinal estava economizando para a comprar. Yuji e Satoru não trocaram presentes, porque já tinham o feito anteriormente ou foi o que disseram.

ENTRE O AZUL E O INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora