Capítulo 18

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        Provavelmente a partir de agora, não vou dormir como dormia antes. Os movimentos dela começaram a ficar mais intensos, causando um pouco de dor as vezes, e falta de ar também. O que já me acustumei, a cada 5 passos eu já estou ofegante.

    Todo mundo fala muito mal desse exame, algumas pessoas chegaram a desmaiar; outras vomitaram, e outras não sentiram nada. E eu espero ser essa que não sente nada. Jurei que meu estômago estava se contorcendo ao sentir minha barriga roncar. Segundo a médica, precisaria ficar de jejum pra fazer esse exame, então só posso comer depois dele, o que vai demorar.

    E embora eu esteja aflita com isso, estou pensando no projeto do quarto da Isabella. Provavelmente vai ser o quarto do meio; ele é grande, tem janelas, banheiro – na verdade, todos os quartos têm banheiro. Tenho objetivo de começar ele ainda essa semana. Vai ficar incrível.

    Como sempre, me perdi em meus pensamentos e nem percebi que já tínhamos chegado na clínica. A moça da recepção perguntou algumas coisas, e em alguns minutos eu já estava na sala. Onde tinham outras moças, também gestantes. Minhas outras metades não podiam entrar, mas, assim que leram meu sobrenome, e viram que meu nome estava estampado em diversos lugares, eles deixaram as duas irem comigo.

    – Você tá com quantas semanas? – Perguntou a moça.

    – 26!

    – Jejum superior a 8 horas? – Concordei.

    A moça começou a pegar tudo que ela iria usar, incluindo aquela fita que usam pra por no braço e puncionar a veia. Ela só queria saber qual veia era melhor; o que é bem difícil. Nunca acham de primeira. Mas ela conseguiu e colocou o acesso no meu braço pra não ter que me furar depois.

    – Essa aqui é a glicose, 75 g sabor limão. Aqui a validade. – Gostei de como ela me passou segurança – Você quer um copo? Pra tomar?

    – Não precisa.

    – Começou a tomar a gente inicia a contagem de exame, tá? – Assenti. – Quanto mais rápido tomar, melhor. Por ele ser muito doce, tá bom? – Assenti mais uma vez. – Depois da glicose não pode tomar água. Nem comer alguma coisa, ou mascar chicletes. – Informou abrindo a garrafinha – Muita gente passa mal, mas é de organismo pra organismo. Então durante o processo você pode ficar muito enjoada, e se caso você vomitar, vamos remarcar o exame, ok?

    – Ok.

    – Já pode tomar, e eu já volto, ok?

    Respirei fundo antes de começar, e fui. Nos primeiros segundos, estava tudo bem. Era gostosinho, me lembrava Sprint. Depois dos 10 primeiros segundos, já começou a ficar ruim já estava descendo com dificuldade. Parei, respirei, e tomei o restinho.

    – Você começou 8:56. 9:56 a gente coleta teu sangue, e 10:56 coletamos o último, ok? – Assenti – Qualquer coisa, podem me chamar.

    Confesso que eu só queria que aquilo saísse do meu estômago. Mas tentei aguentar, não quero fazer isso de novo. Mas, acho que não vou aguentar até o final. 2 horas é muita coisa.

    – Esse exame é o pior que já fiz. – Falei com as meninas. – Isso não vai me fazer bem.

    – Vai aguentar até o final?

    – Eu preciso. Não vou fazer isso de novo.

    1 hora e meia depois

    Mesmo com todo aquele enjoou, eu estava tentando aguentar. Mas de uma hora pra outra, comecei a ter sintomas extremamente desagradáveis. Ondas de calor, azia, muitas tonturas e tremedeira. Me levaram pra uma outra sala, onde ficaria só eu e as meninas. Ligaram o ar, e me deixaram em um lugar mais confortável.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora