Capítulo 39

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    Ultimamente tenho sentido medo das ações da, Maraisa. E confesso que foi bom falar isso pra ela. Parece que tirei um peso das minhas costas. Maiara precisou de 2 minutos. Ela falou tudo que pensava, e fim. Assunto resolvido. No fim da noite Maraisa e eu dormimos abraçadinhas, como todas as outras. Geralmente dormimos com a Maiara, já que agora Isabella dorme no quarto dela. Mas Cesar quis dormir com Maiara, então deixamos eles no outro quarto.

    Eu não sabia que horas eram, mas acordei quando senti a morena ao meu lado se levantar. Ela parecia meio sonolenta, perdida, não sei. Ela levantou, foi até o banheiro, e eu fiquei apenas observando. Segundos depois ela voltou e estava sem cor alguma, parecia suada e confusa. Me levantei quando ela segurou na parede pra não cair.

    – Eii? O que foi? – Fiz ela segurar minhas mãos.

    – Tá acontecendo de novo. – Sussurou.

    – Você realmente tomou o remédio? – Negou – Tudo bem. Se segura em mim, vou te pegar.

    Flashback on

    Estávamos no quarto, conversando como sempre. Eu e Maiara estávamos na cama, enquanto Maraisa estava com Isabella no colo, ela estava colocando a pequena pra dormir. Desviei meu olhar por um segundo, e quando voltei ela estava pálida, e suando.

    – Pega a Isabella! Rápido. Eu tô desmaiando!

    Tanto eu quanto Maiara corremos na sua direção. A baixinha pegou a filha, e eu segurei a Maraisa.

    – O que foi? Ninguém passa mal do nada.

    – É o meu coração.

    – Tá falando sério? – Ela assentiu.

    – Falta de ar, dor, cala frios. Não pode ser outra coisa. – Ela falou baixo. Realmente estava perdendo a consciência.

    – Não fecha os olhos não. Olha pra mim! – Pedi – Olha pra mim, amor!

    – Vou pegar seus documentos, e avisar o motorista. – Maiara falou assim que deixou Isabella no ninho na cama.

    – É estranho. – Falou com um pouco de dificuldade.

    – Não diz nada. Só respira.

    No fim fomos ao hospital, ela fez alguns exames, e foi aí que ela começou a tomar os remédios. O médico disse que o tratamento poderia funcionar, mas caso não funcionasse, ela iria tentar algo mais agressivo.

    Flashback off

    – Não esquece de respirar! – Falei assim que coloquei ela na cama, e fui pegar o remédio.

    – Essa sensação é horrível. Parece que ele vai parar de bater. – Sua voz como sempre, foi ficando mais baixa e seus olhos pesados.

    – Não, amor. Combinamos que quando isso acontecer, você não vai fechar os olhos. – Segurei seu rosto – Olha pra mim! Toma o remédio. Mas é pra tomar de verdade. – Ela assentiu.

    – Acha que, isso vai funcionar? – Se referiu ao tratamento com o remédio.

    – Acho! Agora toma.

    Parecia que estava dando remédio a uma criança. Mas ela tomou. Provavelmente dormiria logo, sempre que isso acontece ela fica com muito sono.

    – Por que não me chamou? – Perguntei assim que nos deitamos.

    – Achei que era só a ansiedade!

    – Promete que vai me chamar, mesmo se for ansiedade? – Minha voz em embargou – Promete!

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora