Capítulo 33

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    Fiquei um tempo admirando minha princesinha. Como pode um serzinho tão pequeno, ter toda essa beleza? Ela é perfeita demais, as vezes duvido que saiu de mim. Eu me levantei, e ascendi a luz assim que vi ela ficar agitada. Ela começou a chorar, e eu peguei ela com cuidado, acho que ela estava sentindo dor onde tomou as vacinas. Ja estava na hora dela mamar também, então fiquei na dúvida de por qual dos dois motivos ela acordou.

    – Que preguicinha, meu amor.

    Falei enquanto ajeitava ela na almofada de amamentação, ela resmungou um pouco mas parou assim que começou a mamar. Sua mãozinha repousou no meu seio, e eu acariciei seu rostinho enquanto ela me olhava.

    – Você é tão perfeita, nem nos meus melhores sonhos imaginaria você assim. – Sorri.

    Esse com certeza é o melhor momento. Esse contato vizual é perfeito. Os olhinhos dela ficam fixos nos meus, e eu, obviamente também não desvio. Cada pedacinho dela, cada detalhe, é tão perfeito que parece que foi pintado a mão. Ela demorou quase 1 hora e meia mamando, e assim que acabou coloquei pra arrotar. E como de costume, iria colocar ela pra dormir depois.

    – Você tá quentinha, ou a mamãe que tá muito gelada?

    Toquei sua testinha percebendo ela um pouquinho quente, e mandei mensagem pra Letícia, que ainda estava aqui.

    – Licença, me chamou? – Bateu na porta, e entrou em seguida.

    – Sim, pode pegar o termômetro pra mim? Acho que ela tá muito quentinha. – Letícia sorriu.

    – Sim, só um minuto!

    Letícia saiu, e eu voltei minha atenção pra Isabella. Tirando os olhinhos dela só quando a moça passou pela porta mais uma vez.

    – Precisa de ajuda?

    – Sim, por favor!

    Letícia abriu o macacão que ela estava usando, e colocou o termômetro nela.

    – Sabe onde as meninas estão?

    – No quarto depois do da Isabella. – Assenti.

    – Você já pode ir tá?

    – Eu fiz a janta de vocês, deixei na geladeira, é só esquentar ok? E fiz o lanche também. Tem salada de frutas na geladeira, que fiz hoje também.

    – Obrigada!

    – Licença, até amanhã! – Sorri, e Letícia saiu do quarto.

    Ouvi o barulho de porta, e achei que era ela mais uma vez; mas era minha irmã. Ela entrou com uma cara meio estranha, e já sabia que queria me dizer alguma coisa.

    – Ela tá com febre? – Perguntou se aproximando.

    – Acho que sim. Ela tá chatinha.  

    – É... – Olhei pra ela – A Marilia, ela me pediu em namoro.

    – Meu Deus, eu quase soltei a minha filha! – Levei a mão ao meu peito –  O quê? Cê tá falando sério?

    – Sim.

    – Você aceitou né? Não me faça te bater!

    – Aceitei. Mas...

    – Mas nada! Para de paranóia. Ela escolheu você, ela ama você. E eu já disse, só vocês podem impedir isso. – Franzi o cenho quando olhei pra minha irmã – Quem fez isso no seu pescoço?

    – Ah, foi um mosquito. Acho que tenho alergia a picada. – A cara dela nem arde.

    – Entendi... – Marilia entra no quarto – Oi mosquito!

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora