Capítulo 67

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    Marilia estava oficialmente de alta junto com o Léo, e a Isabella ainda não conhece ele. A gente preferiu esperar e apresentar quando ele já pudesse ir pra casa. Embora acho que a reação da Isabella vai ser boa, ainda tenho receio, então preferi esperar até eles poderem vir pra casa.

    Bruno e Luisa estavam comigo, minha irmã já tinha avisado que estavam chegando, e estávamos todos na sala esperando elas. Isabella estava morrendo de saudades das tias, já que elas nunca ficam tanto tempo longe. Ela até ficou meio chatinha por isso, mas passou. Eu sempre fazia ligações com as meninas pra elas conversarem, e assim a gente poupa o ciúmes.

    As meninas morrem de medo da Isabella achar que pelo falo do Léo ter chegado, elas vão abandonar ela, ou dar menos atenção. Por isso elas ligam sempre, quando eu ia no hospital eu também ligava, e assim evitamos que ela se sinta confusa. O Léo tá perfeito, muito saudável, e tem uma personalidade marcante, igual a de Marilia.

    Ela me disse que ele não acorda muitas vezes como na primeira e segunda noite, mas acorda, e não deixa de ser cansativo pra elas. E como eu suspeitava, ela se culpou muito por não ter aguentado as dores. Ela disse que a última coisa que queria, era ter que ficar semanas em repouso por conta de uma cirurgia. Hoje tem só 3 dias, e ela já tá ficando louca por ter que ficar parada.

    – Mamãe?

    – Oi princesa.

    – A titia chegou, olha o barulho da garagem! – A pequena fez silêncio, e no fundo realmente dava pra ouvir o barulho do portão.

    – Vamo lá, vamo?

    – O Léo veio? – Assenti.

    Isabella segurou minha mão me puxando pra ir até a garagem, e bateu palminhas quando viu as meninas. Bruno pegou o bebê conforto com o Léo, minha irmã pergou as bolsas, e eu ajudei a loira a sair do carro.

    – Cuidado com a descida. – Alertei enquanto a loira descia do carro.

    – Eu não aguento mais ficar parada. – Bufou assim que saiu do carro – Vou ficar louca!

    – São só algumas semanas, já passa! – Luisa falou. – Como cê tá?

    – Bem, cansada. Mas tô bem.

    – Cadê o Léo? – A Isabella perguntou olhando pra mim.

    – Ele entrou com o tio Bruno, você não viu? – A pequena negou.

    – Não. – Seus olhos foram pra Marilia – Senti saudades! – Marilia sorriu.

    – Eu também senti saudades de você, minha princesa.

    A pequena sorriu de volta, e segurou minha mão de novo me levando pra sala. Léo estava com a mãe dele – ou, uma das mães, ainda tô confusa em como diferenciar – e Isabella foi até ela pra vê-lo.

    – Titia, eu posso pegar ele? – Perguntou um pouco receiosa. Creio que pelo seu tamanho.

    – Claro que pode, senta no sofá pra eu por ele no seu colo. – Ela assentiu.

    Marilia logo se sentou do lado da Isabella pra finalmente poder abraçar ela, já que pegá-la no colo estava fora de cogitação, e minha irmã colocou seu filho no colo da Isabella. Seus olhinhos brilharam, e ela sorriu com lágrimas nos olhos.

    – Princesinha, não chora. – Eu disse.

    – Uau, ele é lindo! – Ela finalmente disse alguma coisa – Ele é tão pequenininho.

    – Você já foi desse tamainho. – Marilia disse – Bem pequenininha.

    – Ele também toma tetê? Igual eu? – Maraisa sorriu.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora