Capítulo 8

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        Tudo está mais calmo agora, bom, pelo menos é o que meus pais e minha irmã acham. Ultimamente tenho sentido muito sono, e fome. Onde eu encosto eu durmo, qualquer coisa na minha frente eu estou comendo, e estou inchada. Muito inchada. Nas últimas, 11 semanas eu mal saí do quarto, fora ir a escola e academia. Quando não estava nesses lugares, estava na cama.

    Posso dizer que minha relação com minha mãe está estável. Não discutimos mais, nem se quer falamos sobre o que aconteceu! Agora estou no quarto, mexendo no celular enquanto Maraisa me observa. Eu senti ela me observando. Então levantei meu rosto, e também encarei ela.

    – O que tá acontecendo com você? – Perguntou ainda me encarando.

    – Do que você tá falando? – Bloqueei o celular.

    – Você sumiu! A minha irmã, sumiu. Desapareceu! – Falou articulando com as mãos.

    – Irmã, por favor!

    – Maiara, eu tô falando sério. Você mal fala comigo, trocamos no máximo 20 palavras por dia. – Suspirei – Parecemos estranhas. Quando você não está no celular, está lendo, ou chorando escondida. – Suspirei mais uma vez – Eu tô preocupada! Eu sinto sua falta, mas você não me dá abertura. Você está sumindo, Maiara. Você tá...

    – Eu tô grávida!

    Flashback on •

    Só hoje, eu vomitei 4 vezes. Isso porque senti o cheiro do meu perfume, do meu sabonete, do suco que fizeram pro almoço, e do produto de limpeza que a Jhuly usou em casa. Meus pais saíram, e eu e Maraisa estávamos nos arrumando pra ir a academia. Mas nenhuma roupa entrou em mim. Meus tops estão apertados nos meus seios, e pela sensibilidade, eu não consegui vestir eles.

    Então, decidi vestir uma blusa mais larga, com um biquíni sem alça por baixo. Assim, não me sentia esmagada. Peguei a minha legging, e por mais que elas esticassem, não coube em mim. Minhas coxas estão 2 vezes maiores, então a primeira tentativa deu errado. E a segunda, e terceira também, então, vesti uma calça de pijama, e tirei a blusa.

    – O quê? Você não vai? – Neguei.

    – Não. Não tô afim. – Dei de ombros.

    – Tá. Não vou insistir. Estou indo!

    Maraisa saiu do quarto, e assim que ela saiu de casa me vesti pra ir a farmácia. Que era a uns 5 minutos da minha casa! Eu disse a Jhuly que iria a padaria, e ela acreditou, óbvio. Fui a farmácia e comprei um teste. A moça do caixa me olhou com uma cara estranha me julgando com os olhares.

    – Ah, não é pra mim! – Falei sorrindo – Minha irmã mais velha quer fazer uma surpresa pro namorado, e como o outro teste é muito simples, ela me pediu pra comprar esse. Todos tiram fotos com esse.

    – Ah, sim. Ele é bem famosinho nas fotos. – A moça sorriu de volta, acho que convenci ela.

    – Muito obrigada, tenha um bom dia! – Ela retribuiu.

    Antes de voltar pra casa, precisei ir a padaria, assim Jhuly não desconfiaria de mim. Então, passei na padaria pra comprar pães de queijo; sou apaixonada por pão de queijo. Comprei alguns, e agora sim, fui em direção a minha casa.

    Como tinha levado as chaves, não precisei chamar pela Jhuly. Coloquei o teste dentro da minha roupa, deixando só a sacola da padaria nas minhas mãos. Assim que deixei as sacolas na mesa e avisei a Jhuly que tinha chegado, corri pro quarto trancando a porta, e fui ao banheiro pra fazer o bendito teste. Antes, li o manual, mesmo sendo algo "pratico" fiquei com medo de errar.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora