Capítulo 36

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    Meu coração estava aflito, minha cabeça pesada, e meu corpo fraco. Eu não aguentava mais esperar por notícias. Quase 1 hora, e ninguém veio falar nada. Eu já tinha vomitado umas 2 vezes, até no soro uma enfermeira me colocou. Liguei pra Jhuly, expliquei tudo que aconteceu, e ela disse que esperaria o tempo nescessário. Isabella continuava dormindo tranquila, e tinha leite na geladeira caso ela acordasse.

    – Estão vindo!

    – Ela tá estável. Mas vai precisar ficar aqui até amanhã.

    – O que aconteceu?

    – Ela tem histórico de paradas cardíacas? – Assenti.

    – Sim. Quando nascemos. Ela...

    – Ah, vocês são as gêmeas herdeiras! Ok, já sei do histórico! – Ele supirou – Ela teve uma parada, provavelmente pelos remédios que tomou, e pela forte emoção de hoje. Sua irmã é sensível, qualquer tipo de emoção forte demais, como um alto nível de estresse, é prejudicial a ela. E outros episódios de parada podem vir acontecer! – Meu estômago revirou.

    – Como ela tá agora?

    – Dormindo. Fizemos uma lavagem assim que ela voltou, e suturamos o braço, e a barriga. O corte na barriga foi pequeno, 4 pontos. Já o do braço foram 8. Vocês podem entrar, já já ela acorda. Talvez sinta falta de ar, e palpitações. – Assentimos – E evitem estressar ela. Me acompanhem, por favor.

    Ele nos guiou até a UTI, e nos levou pro quarto dela. Nunca tinha visto minha irmã tão frágil. Tinha fio pra tudo que é lado. E todos pra um único objetivo; monitorar seu coração. Me aproximei dela, e me sentei do seu lado acariciando sua mão. Marilia deixou um beijo calmo em sua testa, e Bruno também. Aos poucos ela foi despertando, e assim que me viu, uma lágrima desceu em seu rosto.

    – Ainda tá doendo. – Ela suspirou – Aqui dentro, ainda tá doendo.

    – Minha vida... – Toquei seu rosto.

    – Deveria ter me deixado ir. Eu não teria que sentir essa dor novamente! – Sussurou, visivelmente fraca.

    – Quando eu fiz isso, você me impediu. Lembra? Você pediu ajuda. – Acariciei o rosto dela –  Não sei viver sem você. Nem pra nascer, eu nasci sozinha, lembra? – Sorri – Eu te amo!

    – Licença. Vim trazer alguma coisa pra você comer. – uma enfermeira entrou no quarto, mas saiu em seguida.

    – Amor, você tá aí. O Bruno também. – Ela falou assim que virou pro outro lado – E a Isabella?

    – Tá com a Jhuly. – Ela assentiu.

    – Marilia? – Sussurou.

    – Tô aqui, amor.

    – Eu te assustei, não foi? Desculpa. – Marilia sorriu fraco e acariciou o rosto dela.

    – Tá tudo bem! – Beijou sua bochecha – Você precisa comer agora.

    – Não, eu não quero.

    – Não me lembro de ter dado essa opção! – Ela revirou os olhos fazendo bico.
   
    – O que o médico disse sobre a porcaria do meu coração?

    – Nada demais. Só precisa ficar quieta, e eu tô falando no modo geral. Incluindo estresses. – Bufei – Aquela velha poderia ter te matado de raiva, porque ela nunca falou do seu coração?

    – Podemos fingir que ela não existe? – Assenti.

    – Agora come! E você vai cuidar da sua filha!

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora