As coisas passam tão rápido, que nem notamos as mudanças. Em meses tudo mudou demais. Isabella fala mais coisa que eu, Marilia e Maraisa juntas. Esse ano estou resolvendo as coisas pra por ela na escola, ela é bem novinha, mas é inteligente demais, e as meninas me convenceram a por ela na escola. Marilia ta no últimos mês de gravidez, e tá a coisa mais linda do mundo.
A gravidez da loira foi bem leve. Não sei se por terem planejado foi mais "fácil" ou se é porque Marilia tem o apoio de todo mundo, incluindo dos pais. O quartinho do Léo tá lindo, o enxoval já chegou, e tá tudo arrumado. A gente literalmente, só tá esperando ele vir. Isabella lhe deu bem com isso, ela costuma conversar com a barriga da Marilia, e perguntar se ele já vai nascer.
As meninas desistiram das faculdades, e agora o foco é a empresa. Marilia saiu pela gravidez, ela queria aproveitar cada minuto, e minha irmã pelo tratamento. Ultimamente a energia dela tá pouca, os cansaços são maiores, e acontecem por qualquer tipo de esforço, incluindo andar de um cômodo pro outro. Mas com todos os medicamentos ela tá lhe dando bem com isso.
– Leozinho, cê não vai sair daí mais não? – Falei acariciando a barriga da Marilia, e sentindo os movimentos do pequeno. – A titia quer conhecer você.
– Vou começar a cobrar aluguel. E com juros. – Marilia respondeu.
Léo era quietinho, mas se animava quando falávamos com ele. E aqui, agora, sentindo os movimentos dele, eu consigo me lembrar do exato momento que descobrimos que seria o Léo. Estava todo mundo uma pilha de nervos, enquanto uma cerimonialista lia uma carta. Ela começou falando sobre o neném, e por fim confetes azuis surgiram junto as fumaças em cor azul. As meninas se abraçaram chorando, e depois me envolveram no abraço também. Era incrível viver esse suspense de novo.
– Deixa o bebezinho de mamãe quieto. – Minha irmã apareceu com a Isabella no colo – Mas cê já pode vir, eu não aguento mais sua mãe com desejo.
– Vou brigar com a sua mãe, Léo. – Marilia falou.
– Deixa eu falar com ele, deixa eu falar com ele. – A pequena pediu afastando a gente – A titia vive reclamando de dor nas costas, você vai sair quando? Já demorou um tantão.
A Isabella tem um humor incrível. Nenhum de nós três aguentamos, caímos na risada e ela olhou pra a gente sem entender.
– Ô lindeza, de mamãe. – Apertei as bochechas dela – Vamo almoçar, você tá com fominha né?
– Uhum. – Veio pro meu colo – Mamãe, eu quero um auau.
– Eeh, é mesmo? – Ela asssentiu saindo do sofá.
– Desse tamainho assim olha – mostrou com as mãos.
– Você quer como, princesa?
– Igual um ursinho, titia. – Marilia pegou o celular e mostrou um Spitz Alemão. – Esse!
– Esse cachorro custa quase 10 mil reais. – Eu disse.
– Você pode me dar um, mamãe? – Ela me olhou.
– A mamãe vai pensar!
– Tudo bem. – Ela pegou minha mão – Vamo almoçar, o Leozinho tá com fome. Né Leozinho? – A pequena acariciou a barriga da loira.
– Ah é o Léo é? Você não? – A pequena correu indo pra cozinha.
A Isabella é um toquinho, provavelmente não vai crescer muito, mas é a criança mais bonita do mundo. Acho ela muito parecida comigo, graças a Deus não parece com o traste do pai dela. Ele não é feio, mas não queria olhar pra ela e me lembrar da pessoa que mais nos fez mal. Diferente do que eu imaginei no começo, a Isabella não me faz lembrar dele, na verdade, ela me faz esquecer dele.
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Sempre foi ela
FanfictionAtenção⚠️: Essa é só mais uma história fictícia, e completamente autoral! Almira criava Maiara e Maraisa numa bolha, não podiam ter amigos meninos, não podiam sair com meninos, nem levá-los pra casa. Até Maiara convencer ela, a deixar a mesma n...