Capítulo 26

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    Desde que levantamos estão instalando os móveis no quarto da Isabella. Estava um barulho de furadeira, coisas caindo no chão, eu estava surtando. Marilia estava no escritório resolvendo coisas da empresa. Com os pais dela viajando, eles deixaram algumas coisas pra ela tomar conta. E diferente de nós, Marilia poderia assumir quando quisesse, desde que, não estudasse mais.

    Minha irmã estava no quarto comigo, afirmando que as coisas chegariam hoje. Eu peguei um livro, e fui pra varanda. Achei que o barulho lá seria menor, mas me frustrei; o barulho era o mesmo. Ainda tentei ler abafando meus ouvidos, mas não adiantou. Me levantei fechando o livro, e irritada por não conseguir ler, fui pro quarto.

    – O que foi? – Perguntou bloqueando seu celular, e me chamando pra ficar do seu lado – Tá brava?

    Maraisa beijou entre meus cabelos assim que me deitei entre suas pernas, e apoiei meu corpo no seu troco. Suas mãos automaticamente foram acariciar minha barriga.

    – Esse barulho, está me irritando. – Ela soltou uma risada anasalada. E antes de me responder, nossa atenção foi pra porta, observando uma Marilia com a expressão cansada, entrar no quarto.

    – Eu tô exausta! Tudo sobra pra mim. – Remungou – Tinham esquecido de fechar contratos, e tive que fazer tudo isso sozinha. Isso é exaustivo. – Veio pro nosso lado na cama, beijou minha barriga, depois o meu rosto, e fez o mesmo com a minha irmã – Tá de bico por quê? Tá brava?

    – Estou enlouquecendo com esse barulho.

    – Quer ir lá pra casa? – Neguei.

    – Não, não quero te incomodar!

    – Imagina. Eu já tenho que ir lá buscar uns documentos. Vamos? – Assenti.

    – Sim, por favor! – Sorri batendo palmas.

    Peguei meu livro, meu carregador, e após minha irmã fazer o mesmo saímos do quarto. Mas passamos no quarto da Isabella antes.

    – Oi gente, licença. A gente vai sair um pouco,  porque grávidas são chatas, e por isso esse barulhinho tá me enlouquecendo. – Eles deram risada – A Letícia está lá embaixo, e se precisarem de qualquer coisa, podem pedir pra ela, ok?

    – Tudo bem, dona Maiara.

    – Sem o dona. Me sinto velha! – Sorri – E fiquem a vontade. E me desculpa por deixar vocês aqui.

    – Imagina. Fique tranquila! Entendemos seu lado. E provavelmente, vamos instalar todos os móveis hoje, amanhã vamos limpar as coisas, e depois a Jade vai vir te ajudar a arrumar as roupas. – Sorri mais uma vez.

    – Obrigada gente! Com licença!

    Ao sair de casa me senti aliviada pelo silêncio, como o silêncio é bom! As meninas já estavam me esperando no carro, e como a casa da Marilia é perto,  Marilia foi dirigindo.

    – Vocês vão assumir alguma empresa? – Minha irmã assentiu.

    – Sim. Mas também quero fazer faculdade.

    – Eu também. Mas não sei como vou conciliar tudo isso, com a Isa.

    – A empresa é sua! Você pode trabalhar de casa, e ir lá só em casos extremos. E a faculdade a gente da um jeito. Dividimos os horários, da tudo certo. – Marilia disse com toda a sua calma.

    – Confesso que tenho medo de não dar conta. Já vai ser difícil ela não ter uma figura masculina nas festinhas de dia dos pais na escola. Não quero que ela se sinta abandonada por mim. Preciso ter cuidado.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora