Capítulo 29

885 87 82
                                    

    Hoje acordei disposta a fazer tudo, e todos dizem que é sinal de que o neném está chegando. E pode ser verdade, já que comecei a sentir algumas dores de madrugada, e a Isabella tá mais quietinha.
   
    Flashback on•

    Eram por volta das 05:40 da manhã, e eu não estava conseguindo dormir. Minha barriga estava contraindo muito, e estava vindo com dor. Não estava uma seguida da outra, tinha um grande intervalo, mas quando vinha era forte.

    – Irmã? – Balancei ela – Metade acorda.

    – Oi? Oi, tô acordada! – Respondeu ainda sonolenta.

    – Acho que estou com contrações.

    – Tudo bem, calma. Vou acordar a loira e depois nós avisamos a sua médica pra ver se iremos pro hospital!
   
    Flashback off•

    Avisamos, e as dores não eram ritmadas, meu tampão ainda não tinha saído, e eu não tive nenhum sangramento. Então, minha obstetra apenas me pediu pra ficar de olho, e fazer alguns exercícios pra ajudar no trabalho de parto. Agachamentos, caminhar um pouco, e dançar. E eu fiz tudo isso hoje. Não sozinha, já que as meninas não me deixaram nem um segundo.

    O dia estava bonito hoje, e era dia 03 de abril. E segundo minha médica, ela viria entre hoje e amanhã. E espero que ela esteja certa. As meninas estavam comigo na área externa da casa. Estávamos deitadas na grama olhando o sol se pôr. Eu estava de calça de pijama, e com um blusão. Mas ele estava erguido, porque estávamos conversando com Isabella.

    – Isa, você já vai nascer andando, com essa demora toda! – Maraisa falou.

    – Vai fazer 15 anos que a sua mãe ta grávida! – Marilia falou, fazendo Maraisa e eu sorrirmos.

    – A mamãe concorda. – Acariciei minha barriga – Já pode desocupar minha barriga.

    – Você imagina como ela pode ser? – Marilia perguntou.

    – Sim. Penso nisso o tempo inteiro. – Sorri – Acho que ela vai ter muito bochecha, vai ser branquinha, e vai vir com bastante cabelinho.

    – Ela tem os seus olhos, e o nariz também. – Minha irmã falou.

    – O formato do rosto também é igual o de vocês. Não muda nada. – Marilia completou.

    – Que ela não tenha nada, daquele idiota. – Resmunguei.

    – Não vai! Você vai ver. – Marilia beijou meu rosto.

    – Como estão suas dores? – Minha irmã perguntou, e eu suspirei.

    – Estranhas. Mas não estão ritmadas.

    – Acha que ela vem hoje?

    – Não, hoje não. Amanhã talvez, mas hoje não.

    Assim como eu, as meninas estavam completamente animadas. Ninguém aguentava mais esperar, estávamos loucas pra conhecer a pequena, e parte de mim, está super feliz em saber que esse momento tá chegando.

    Ficamos mais um tempo ali, e assim que o sol foi embora, entramos porque estava esfriando. As meninas foram pra cozinha, e eu, fui ao banheiro. Faço isso com muita frequência. Mas dessa vez aconteceu algo diferente; meu tampão tinha saído. Eu me limpei, e assim que saí do banheiro veio uma contração. Me apoiei na mesa, e apertei os olhos.

    – Droga! – Resmunguei.

    – O quê? Outra contração??

    – Sim. E meu tampão acabou de sair. – Senti Marilia se aproximar de mim, e massagear minha lombar.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora