Capítulo 70

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    Estava agora indo buscar a Isabella na escola, tô morrendo de saudades dela. Não consegui fazer nada hoje de manhã porque só pensava em como ela estava. Muitas mulheres mandam as crianças pra escola pra se livrar delas, as vezes nem tem necessidade, e mandam pra uma creche, ou pra escola cedo demais. Mas comigo foi tão diferente. Eu trabalho em casa justamente pra ficar com a minha filha, e odeio quando preciso sair pra resolver alguma coisa e não posso levar ela.

    Passei os últimos 2 anos sendo muito bem presente na vida da minha filha, e pretendo passar todos os outros. Até ela ter sua própria família. Meus pais sempre foram muito ocupados, mesmo com nossa relação saudável, eles não eram tão presentes na minha vida e nem na vida dos meus irmãos. Justamente por isso quero ser presente na vida da Isabella, quero ser pra ela tudo que meus pais não foram pra mim.

    Não sou a melhor mãe do mundo, e nem sou perfeita; mas quero ser a melhor mãe do mundo pra minha filha. Quero que ela cresça sabendo o tanto que eu amo ela, e quando for maior pra me perguntar de verdade onde está o pai dela e eu contar o que aconteceu, quero que ela saiba que em todo momento eu quiz ela. Mesmo com os julgamentos, com as humilhações, com todas as dificuldades, eu quis ela. A Isabella foi muito amada desde o início, e quero que ela saiba disso, e nunca divide do amor que eu, e as tias sentimos por ela.

    Cheguei na escola e minha princesinha veio correndo me abraçar enquanto a professora trazia a mochila dela.

    – Oi, meu amor! – Abracei ela pegando no colo – Que saudade que a mamãe sentiu de você!

    – Também senti, mamãe.

    – Da tchau pra titia, da. – Peguei a bolsa dela, e ela acenou pra professora – Obrigada viu? – A moça assentiu e eu fui pro carro. – Como foi, meu amor?

    Arrumei o cinto da Isabella na cadeirinha, e fui pro banco da frente saindo com o carro em seguida.

    – Muito legal, mamãe! Tem outras crianças, sabia?

    – E você fez amizade com elas, vida? – Perguntei receiosa.

    – Fiz, mamãe. A titia me deu 10, olha!

    O sinal estava no vermelho, então me virei rapidinho vendo o 10 na mão da pequena que tinha um sorriso de orelha a orelha.

    – Parabéns, meu amor. – Sorri pra ela – Mamãe te ama!

    – Isa também ama mamãe! – Sorri boba já virada pra frente.

    O caminho foi incrível. Isabella contou diversas coisas super animada, o que me deixou feliz, meu medo foi embora. Ela gostou, e cuidaram bem dela; não tenho que me preocupar. Chegamos em casa e as meninas estavam na sala com o Léo no carrinho ao lado delas. Ambas estavam deitadas no sofá vendo tv apoiadas uma na outra. A Isabella correu na direção delas e achei que ia falar com as tias, mas a pequena tirou os sapatos subindo no sofá em seguida pra ver o Léo, no sofá ela ficaria da altura do carrinho.

    – Filha, cuidado!

    – Oi, Leozinho! – A pequena beijou os cabelos do mais novo.

    – Nossa, não fala com a titia mais não? – Marilia perguntou – Só o Leozinho agora?

    – Ele primeiro porque ele tá dodói. Posso dá beijinho pra sarar? – Ela perguntou da forma mais fofa do mundo.

    – Pode! Deixa eu te ajudar.

    Minha irmã pegou ela no colo, e a pequena beijou os locais onde o Léo tinha tomado vacina.

    – Agora vai sarar, né titia? – Ela assentiu.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora