Capítulo 21

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        A noite foi péssima. Acho que realmente não vou dar conta de trabalhar. Eu dormi umas 2 horas, no máximo. Meu corpo estava doendo tanto, que mal conseguia me mexer. Desisti de dormir, e passei a madrugada inteira sentada no escritório resolvendo algumas coisas do quarto da Isabella.

    Minhas costas estavam doendo, minhas pernas e pés também, chegou um momento que aquela dor estava tão intensa, que eu chorei de cansaço. Curvei um pouco do meu corpo, apoiando meus braços na mesa que estava na minha frente, e apoiei minha cabeça também. Ouvi o barulho do elevador, mas nem me incomodei de ver quem era. Também nem precisava, sabia de quem era aquele perfume.

    – São 08 horas da manhã! Por que está aqui, e não na cama? – Suspirei tentando recuperar o fôlego pra falar.

    – Eu saí da cama faz muito tempo. – Respondi tentando me levantar.

    – Tá chorando? – Se aproximou de mim. – O que foi?

    – Parece que eu fiquei em pé 1 semana seguida. – Falei ainda na tentativa de me consertar na cadeira. – Tá tudo doendo.

    – Eu posso falar que avisei? Ou ainda não? – Olhei pra ela.

    – Por que você não volta pro quarto, e para de encher meu saco?

    – Vamo descer. Essa cadeira não é confortável. – Segurou minha mão. – Está acordada desde que horas?

    – Eu devo ter dormido umas 2 horas, no máximo. Estou aqui a horas.

    Ela continuou segurando minhas mãos, e me ajudou a levantar da cadeira enquanto eu resmungava pela dor. Ela chamou o elevador, e voltamos pro quarto. Marilia também já tinha acordado, já que a mesma, não estava mais na cama.

    – Estava chorando? Seu rosto tá vermelho. – Assenti suspirando.

    – Não acho uma boa você continuar trabalhando. Não se for pra ficar com dores. – Neguei.

    – Foi só o primeiro dia. – Minha irmã sorriu nervosa.

    – Acha mesmo que os outros dias vão ser melhores? Você não dormiu, e vai ficar acumulado isso por quanto tempo? Daqui a pouco a Isabella nasce, e você sabe que vai ter um sono ruim até ela se acostumar com a rotina. – Marilia nos olhou confusa.

    – Alguém me explica o que tá acontecendo?

    – Ela não dormiu porque estava com dor, não avisou ninguém, e ainda ficou por horas no escritório. – Informou irritada. – Você pelo menos comeu?

    – Não. Acha que pensei nisso?

    – Vou transferir essa criança pra minha barriga! – Informou e eu fiz careta. – Vou perguntar pra sua médica, qual remédio você pode tomar. E enquanto isso, você vai tomar um banho quente, e depois vai voltar pra essa cama.

    – Ela tá brava! – Marilia falou.

    – Eu não tô brava! – Gritou antes de sair do quarto. E pela primeira vez naquele dia, eu sorri.

    – Vou encher a banheira pra você.

    – Espera, eu preciso ir no banheiro. Mas eu não consigo levantar. – Marilia assentiu.

    – Olha, eu não queria falar, mas você deveria ter escutado ela. Não deveria ter ido trabalhar agora. – Falou enquanto me ajudava a levantar.

    – Ai, você também não! Só me ajuda, sem falar nada! Tá? – Assentiu mais uma vez.

    Marilia me ajudou, e em seguida encheu a banheira. Vesti um biquíni indo pra banheira em seguida. Minutos depois, minha irmã entrou no quarto resmungando sobre eu ter insistido em ir trabalhar.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora