Capítulo 41

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    Assim que o filme acabou as meninas fora pra cozinha fazer alguma coisa, e eu fui tomar banho. Estava um calor insuportável hoje, e eu não liguei o ar muito forte por conta da Isabella. Demorei uns 6 minutos no banho, eu só queria me refrescar. Sai e a Isabella ainda estava dormindo, então troquei de roupa e fui até a cozinha buscar água. As meninas estavam comendo brigadeiro, e conversando sobre algo.

    – Cadê a pequena?

    – Continua dormindo. – Coloquei a mão no coração ao sentir um aperto.

    – Tá tudo bem? – Marilia encostou no meu braço.

    – Tá. Tá sim. – Forcei um sorriso – Vou voltar pro quarto!

    Peguei minha água, e como havia dito, fui pro quarto. Mas assim que cheguei meu coração desparou. A Isabella não estava na cama, e a minha varanda estava aberta. Meu coração ficou apertado, e eu comecei a tremer.

    – Gente! – Gritei em desespero, enquanto olhava o resto do quarto.

    – Cadê a Isabella? – Marilia perguntou.

    – Eu... Eu não sei! Eu não sei. – Respondi começando a chorar.

    – Como assim não sabe? – Maraisa perguntou olhando o quarto inteiro.

    – Ela estava aqui. Eu... Eu desci pra pegar água. E ela não estava mais aqui. – Meus soluços ficaram mais altos – Eu quero a minha filha! Meu Deus, eu quero a minha filha.

    – Shiii, calma. Calma!

    – O que é isso aqui? – Maraisa perguntou assim que viu um papel na cama, eu me levantei e peguei ele pra ler.

    " Oi princesa. Sei que deve estar com medo agora, mas não se preocupe. Eu vou cuidar bem da nossa filha! E a propósito, ela é linda! "

    Minhas pernas perderam as forças, e eu caí de joelhos no chão. Minha irmã pegou o papel pra ler, e Marilia veio me abraçar quando eu comecei a passar as unhas com força no meu corpo.

    – Filho da puta! – Gritei.

    – Não faz isso, você tá se machucando. – Me segurou, e a minha irmã pegou o telefone.

    – Ele levou ela! Ele levou a minha filha, Marilia. – Eu não conseguia parar de chorar. Meus pulmões imploravam por ar.

    – Calma, você precisa respirar! Por favor. – Ela olhou pra minha irmã – O que você tá fazendo?

    – Ligando pra polícia! Ou eu sou capaz de achar aquele idiota e matar ele depois! – Ela se calou assim que alguém atendeu a sua ligação.

    – Ele vai machucar ela. Ela é só um bebê, não tem culpa de nada! – Marilia segurou meu rosto.

    – Você também não. Você não é culpada. Agora olha pra mim, e respira! Por favor, respira!

    Tudo aconteceu rápido demais, os policiais chegaram, eu tive que contar o que aconteceu, mostrar o bilhete, e eles disseram que iria procurar ela. Bruno e Luisa também chegaram em casa, e ficaram com a gente.

    – E os seguranças? – Bruno perguntou.

    – Demos folga pra eles. Só foram 2 dias! – Marilia falou.

    – Aquele filha da puta! Eu vou matar ele, eu não tô brincando. – Minha irmã falou. Eu já estava tão mal, que nem consiguia falar mais nada.

    – Amor, você não pode se estressar assim. – Marilia falou.

    – Eu não deveria ter deixado ela sozinha. – Luisa segurou minha mão.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora