Capítulo 48

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    Como sabem onde estamos sempre? É além do normal. Já vi tanta gente aqui com câmeras, os famosos paparazzis tirando fotos o tempo todo, eu já estava irritada. Estávamos esperando o nosso pedido chegar, Isabella grudou em mim e não soltou mais. Ela começou a ficar chatinha, não sei se pela vacina, ou pelos dentinhos nascendo.

    Creio que a perninha dela estava doendo, já que quando toquei nela sem perceber ela começou a chorar. Eu estava tentando não deixar o rostinho dela exposto, já que tinha gente por todo lado tirando fotos. Minha irmã e Marilia já estavam irritadas. Maraisa dava cada olhada pro moço, que se eu fosse ele, tinha morrido do coração. Ela é tranquila, mas quando tá brava da medo.

    Nas minhas redes sociais tem algumas fotos da Isabella, nas da minha irmã e na de Marilia também. Mas ninguém além das pessoas que eu permiti, pode postar fotos da Isabella. E eu tenho papéis assinados pra conseguir isso. Por isso não deixo tirar fotos dela, não sei o que vão fazer, nem tudo mundo é bom como pensamos. Por trás de uma pessoa aparentemente boa, pode ter seu pior inimigo.

    – Agora já chega! – Ela falou espalmando a mesa e se levantando.

    – Amor!

    – Podem por favor nos deixar em paz? Tem fotos nossa espalhada pelo mundo todo, nossas redes sociais estão aí, já chega de foto! – Ela estava um pouco alterada. Marilia levantou e foi até ela na tentativa de acalmar a mesma – Estamos saindo em família, queremos ter paz, podem fazer isso?

    – Sim, senhora. Me desculpa! – O moço falou abaixando a câmera e saindo de perto de nós.

    – Você é louca! – Eu disse.

    – Eu não suporto gente intrometida! Povo chato. Tudo bem, tirar uma foto ou outra, eu entendo. Mas ficar no nosso pé o tempo inteiro é estressante.

    – Já foram embora, amor. Calma.

    – Caramba, como isso me irrita! – Ela bufou

    – Tá tudo bem. Agora se acalma. Vou buscar nossos pedidos! – Marilia falou se levantando e indo até o lugar que tínhamos feito nossos pedidos.

    – Será que ela já quer comer? – Me referi a Isabella – Vou tentar, pode pegar a vasilha aí dentro? – Marilia assentiu.

    Marilia pegou o que eu tinha pedido, e eu coloquei Isabella no bebê conforto. Coloquei ele encima da mesa, do meu lado, e após colocar o babador nela, ofereci a fruta.

    – Mamãe, olha aqui! – Chamei sua atenção – Toma! – Ela negou coçando os olhinhos – Já faz tempo que você comeu, come só um pouquinho. – Negou novamente, e fez carinha de choro pra vir pro meu colo.

    – Quer que eu segure pra você comer? – Minha irmã perguntou.

    – Não precisa, pode comer.

    Isabella ficou no meu colo enquanto eu comia, e tentei acabar mais rápido porque ela queria mamar. Ela não é de chorar, só resmunga um pouco, mas agora tá chorando por tudo.

    – Tá bom, filha, não precisa chorar. – Disse assim que coloquei ela no meu seio.

    – Quer ir pra casa?

    – Sim. Mas podem acabar de comer antes! – Voltei minha atenção pra pequena.

    Esses olhinhos tão lindos, e puros são o motivo de eu sobreviver. Foram esses 2 olhinhos que me trouxeram luz, e ânimo. As vezes sinto que nasci novamente. Minhas forças se restauraram, minha vida voltou a ter cor, e veio a minha melhor versão. Se existe outras vidas, quero encontrar ela em todas. Quero encontrar, elas, em todas. Não viveria nada disso sem Marilia e Maraisa.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora