Capítulo 63

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    Isabella parecia melhor, e mais calma. A testa dela ainda doía um pouco, mas não como antes. Estávamos nos arrumando pro jantar, minha pequena ainda estava meio chatinha, e até fiquei preocupada achando que seria alguma coisa relacionado a queda. Mas a pediatra disse que é normal ela ficar um pouco manhosa. Provavelmente por conta da dor, então tô mais tranquila.

    Eu já estava pronta a um tempo, e Isabella também. Ela queria mamar de novo mas ela não pediu, começou a cantarolar uma música que tinha acabado de inventar.

    – O tetê é muito lindo. O tetê é muito lindo. – Falou andando de um lado pro outro.

    – Que propaganda do tetê é essa? – Marilia perguntou.

    –  Vem princesinha da mamãe. – Ela veio e se jogou no meu colo – É a coisa mais perfeita da vida da mamãe. Coisa linda. Te amo, minha vida. Te amo! – Beijo sua testa.

    Enquanto as meninas se arrumavam, eu amamentava Isabella, e assim que elas acabaram fomos pro restaurante. Marilia estava morrendo de saudades dos pais, mas ela se entristeceu quando viu só a mãe. Eu percebi nos olhinhos dela. Minha irmã também percebeu, e me olho também um pouco triste ao ver a expressão da esposa.

    – Então, onde tá o papai? – Marilia perguntou assim que nos sentamos a mesa.

    – Filha, seu pai precisou ir a empresa hoje. Ele tinha algumas coisas pra resolver, mas mandou um beijo pra você. – Dona Ruth sorriu fraco, e Marilia tentou disfarçar a carinha triste.

    – Tudo bem, ele tá sempre muito ocupado pra mim.

    – Amor. – Segurou sua mão.

    Acho que ela só não queria que aquele assunto se aprofundasse e virasse algo maior. Marilia asssentiu e respirou fundo.

    – Luisa e Bruno, boa noite! – A loira falou.

    – Boa noite, loira.

    – Boa noite, gata. – Luisa falou e piscou pra Marilia.

    – Com todo respeito a minha sogra. Luisa vou dar na sua cara! – Minha irmã falou.

    – Sua chata, eu só tô brincando.

    – Boa noite! – Isabella falou assim que nos sentamos. Todos sorriram, e responderam ao seu boa noite. Na mesa já tinha um cadeira pra ela, e assim que me sentei coloquei ela lá.

    – Que criança linda! – Dona Ruth falou – Cresceu rápido, era um bebezinho ontem, olha o tamanho!

    – Só de pensar que ela vai crescer mais, meu coração fica apertado. – Falei olhando pra pequena.

    – A demora é só sair da barriga, depois, passa tudo muito rápido. – Assenti.

    Conversamos sobre mais algumas coisas, e logo pedimos a entrada. Dona Ruth era uma mulher muito elegante. Seu corpo era lindo, seus cabelos eram longos, e ela usava uma maquiagem leve. Logo ela puxou o assunto de família, e começou a falar das meninas.

    – Então, quando vão me dar netos? – Ela perguntou, e as meninas se olharam sorrindo fraco.

    – Então, mamãe, faz um tempo que estamos pesquisando sobre a fertilização.

    – Quem vai gerar o neném? – Marilia terminou de beber um pouco da água.

    – Eu. Ela tem medo por conta do coração.

    – Entendi. E quando pensam em fazer? – Dona Ruth bebeu um pouco de vinho.

    Bruno e Luisa olhavam pras meninas atentamente, e prestavam atenção em cada resposta.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora