Não conseguimos dormir nada. Maiara acordou diversas vezes com pesadelos, e suando muito. Teve uma hora que ela quase desistiu de dormir, mas pedimos pra ela ficar e tentar de novo. Era por volta das 10:40 da manhã, e eu não sei que milagre a Isabella ainda não tinha acordado. Ela chorou um pouco umas 8 horas, mas mamou, e tá dormindo até agora.
Tanto eu, quanto as meninas ja tínhamos tomando café, e estávamos na sala. Maiara verificava a Isabella toda hora pela babá eletrônica, porque ela ainda sentia algo estranho. Estávamos com um clima horrível, minha metade mal conseguia falar. Marilia e eu estávamos o tempo todo perguntado se ela estava bem, e nem eu, nem Marilia saímos do lado dela. Até o celular da Marilia tocar, ela apertar minha mão, e me olhar.
– Eu já volto! Ok? – Balancei a cabeça.
– Tudo bem. – Me assustei quando segurei a mão de Maiara.
– Você tá tremendo, irmã.
– Tá tudo bem. – Sorriu fraco, e se deitou em meu ombro.
Ficamos em silêncio observando as reações da minha noiva, enquanto ela falava no telefone. Até a voz dela ficar embargada, e ela se despedir da pessoa que estava do outro lado da linha. Ela veio em nossa direção um pouco desnorteada. Parecia pálida, e confusa. Antes dela se aproximar e dizer algo, a campainha tocou.
– Eu atendo. – Marilia disse se levantando e abrindo a porta, nos mostrando um Bruno com uma feição preocupada e confusa.
– Oi! Tá tudo bem? – Bruno cumprimentou Marilia – Algo me disse pra vir aqui, eu não sei porquê!
– Marilia, quem era na ligação? – Ela paralisou. Som algum saía da sua boca.
– Meu amor, você tá sem cor. Senta aqui. Vem.
Peguei sua mãos, fazendo ela se sentar na poltrona a nossa frente, e suspirar.
– A Jhuly... – Me levantei.
– O quê?
– Ela morreu. – Meu coração quase parou. – Ontem ela...
– Não quero detalhes. Morte é morte! – Respondeu friamente.
– Maiara? – Marilia chamou ela.
– A Isabella acordou, vou pegar ela.
Minha irmã se levantou com uma postura firme, e séria demais, desaparecendo quando sumiu subindo as escadas. Eu ainda estava em estado de choque, não parecia real. Meu coração foi batendo mais de vagar, e eu senti meu corpo ficar sem forças. Sempre sentia isso, em todas as vezes que meu coração me fazia achar que iria morrer.
– Amor, eu tô passando mal.
Antes que eu dissesse mais alguma coisa, Marilia e Bruno vieram pra perto de mim, e cada um ficou de um lado. Me levaram novamente pro sofá, e me deram água. Eu ainda não conseguia chorar, e nem falar alguma coisa. Logo a Maiara apareceu com a Isabella, e foram direto pra cozinha.
– Maiara? – Chamei ela um pouco irritada.
– Amor, deixa ela.
– Maiara, a Jhuly morreu!
Me levantei, ainda meio tonta indo até a cozinha. Maiara estava sentada de um lado, e Isabella sentada na cadeira de alimentação na ponta da mesa. Ela estava comendo uma fruta, estava linda com a boquinha suja, e sorriu quando viu a Marilia. Ela jogou beijinho pra pequena, e ela se virou depois pra Maiara, e continuou comendo.
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Sempre foi ela
FanfictionAtenção⚠️: Essa é só mais uma história fictícia, e completamente autoral! Almira criava Maiara e Maraisa numa bolha, não podiam ter amigos meninos, não podiam sair com meninos, nem levá-los pra casa. Até Maiara convencer ela, a deixar a mesma n...