Capítulo 55

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    Não conseguimos dormir nada. Maiara acordou diversas vezes com pesadelos, e suando muito. Teve uma hora que ela quase desistiu de dormir, mas pedimos pra ela ficar e tentar de novo. Era por volta das 10:40 da manhã, e eu não sei que milagre a Isabella ainda não tinha acordado. Ela chorou um pouco umas 8 horas, mas mamou, e tá dormindo até agora.

    Tanto eu, quanto as meninas ja tínhamos tomando café, e estávamos na sala. Maiara verificava a Isabella toda hora pela babá eletrônica, porque ela ainda sentia algo estranho. Estávamos com um clima horrível, minha metade mal conseguia falar. Marilia e eu estávamos o tempo todo perguntado se ela estava bem, e nem eu, nem Marilia saímos do lado dela. Até o celular da Marilia tocar, ela apertar minha mão, e me olhar.

    – Eu já volto! Ok? – Balancei a cabeça.

    – Tudo bem. – Me assustei quando segurei a mão de Maiara.

    – Você tá tremendo, irmã.

    – Tá tudo bem. – Sorriu fraco, e se deitou em meu ombro.

    Ficamos em silêncio observando as reações da minha noiva, enquanto ela falava no telefone. Até a voz dela ficar embargada, e ela se despedir da pessoa que estava do outro lado da linha. Ela veio em nossa direção um pouco desnorteada. Parecia pálida, e confusa. Antes dela se aproximar e dizer algo, a campainha tocou.

    – Eu atendo. – Marilia disse se levantando e abrindo a porta, nos mostrando um Bruno com uma feição preocupada e confusa.

    – Oi! Tá tudo bem? – Bruno cumprimentou Marilia – Algo me disse pra vir aqui, eu não sei porquê!

    – Marilia, quem era na ligação? – Ela paralisou. Som algum saía da sua boca.

    – Meu amor, você tá sem cor. Senta aqui. Vem.

    Peguei sua mãos, fazendo ela se sentar na poltrona a nossa frente, e suspirar.

    – A Jhuly... – Me levantei.

    – O quê?

    – Ela morreu. – Meu coração quase parou. – Ontem ela...

    – Não quero detalhes. Morte é morte! – Respondeu friamente.

    – Maiara? – Marilia chamou ela.

    – A Isabella acordou, vou pegar ela.

    Minha irmã se levantou com uma postura firme, e séria demais, desaparecendo quando sumiu subindo as escadas. Eu ainda estava em estado de choque, não parecia real. Meu coração foi batendo mais de vagar, e eu senti meu corpo ficar sem forças. Sempre sentia isso, em todas as vezes que meu coração me fazia achar que iria morrer.

    – Amor, eu tô passando mal.

    Antes que eu dissesse mais alguma coisa, Marilia e Bruno vieram pra perto de mim, e cada um ficou de um lado. Me levaram novamente pro sofá, e me deram água. Eu ainda não conseguia chorar, e nem falar alguma coisa. Logo a Maiara apareceu com a Isabella, e foram direto pra cozinha.

    – Maiara? – Chamei ela um pouco irritada.

    – Amor, deixa ela.

    – Maiara, a Jhuly morreu!

    Me levantei, ainda meio tonta indo até a cozinha. Maiara estava sentada de um lado, e Isabella sentada na cadeira de alimentação na ponta da mesa. Ela estava comendo uma fruta, estava linda com a boquinha suja, e sorriu quando viu a Marilia. Ela jogou beijinho pra pequena, e ela se virou depois pra Maiara, e continuou comendo.

Sempre foi elaOnde histórias criam vida. Descubra agora