Eu queria que esses fantasmas fossem apenas alucinações — Allimidul Seohlub
Ayleen
Como prometido, Victor me arranjou mais seguranças. Estou no banco traseiro enquanto o veículo é dirigido pelo segurança número 1 e, sentada do seu lado, está a segurança número dois.
Nenhum dos dois conversam e a viagem segue em silêncio até o meu estágio. Chega a ser cômico quando descemos do carro. Os dois estão vestidos socialmente e chamam a atenção.
Quem não olharia para duas figuras sérias que não parecem ter qualquer tipo de emoção?
Pela primeira vez, o homem fala comigo.
— Senhorita, preciso verificar o lugar antes de liberar a sua entrada.
Incrédula, olha de um para o outro.
— Isso é mesmo necessário?
— Ordens do chefe — responde sem entrar em mais detalhes. — Aguarde do lado da senhorita Ferreira — acena para a mulher parada à minha direita.
— O que o Victor tá pensando? Que o pai dele vai saltar de uma das cabines do banheiro com uma faca na mão? — digo em voz alta, porém, não espero resposta.
Para a minha surpresa, senhorita Ferreira resolve se pronunciar.
— Só seguimos a ordem do chefe e ele te quer segura. Você é a nossa prioridade. Vai ficar mais fácil pra todos se cooperar.
Eu acabei de levar uma bronca?
Cinco minutos depois o segurança número 1 retorna e diz que posso entrar.
Constrangida, caminho para dentro do imóvel e dou de cara com os meus três chefes. Eles não apresentam qualquer vestígio de surpresa pelo que acabou de acontecer.
— Bem-vinda de volta, Ayleen — Amélia é a primeira a falar.
— Bem-vinda — os outros dois me saúdam, mas não estão olhando em minha direção. Na realidade, o foco deles se encontra nos dois cidadãos atrás de mim.
— Eu... — não consigo completar a frase.
— Não se preocupe, fomos avisados de que esse seria o procedimento a partir de hoje. — Amélia elucida.
Pelo visto, eu fui a última a saber.
Sem muito o que fazer, aceno em concordância.
— Ótimo.
Os outros dois homens avisam que precisam voltar ao trabalho e saem em rumo ao seus escritórios. Amélia aponta para a sala dela e seguimos com os seguranças a tiracolo.
— Espero que esteja tudo bem — comenta.
Olho para ela em busca de qualquer expressão negativa, entretanto, seu rosto está suave e plácido.
— Sim, ele tá bem melhor — involuntariamente, meu cérebro faz questão de mandar os flashes da manhã de hoje.
Péssimo momento, Ayleen, péssimo momento.
Amélia se acomoda em sua mesa e separa dois manuscritos grossos.
— Eu tenho esses dois documentos para você digitar. Será que consegue fazer isso até sexta-feira? Sei que acabou de retornar, porém, o trabalho não espera.
Pego os dois maços de papel e respondo.
— Sim, eu consigo — mesmo que eu não tenha certeza.
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Declínio
Lãng mạn⚠️NÃO RECOMENDADO PARA MENORES 🔞⚠️ O QUE VOCÊ FARIA POR AMOR? Alçada pelo desespero, a jovem Ayleen se vê nas mãos do destino. Sua vida se resume em cuidar de sua mãe doente e trabalhar incansavelmente em tudo o que for possível, ela se encontra, d...