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Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas — Cânticos 8:6

Ayleen

— É você quem tá fazendo isso comigo. É o seu corpo que tá me deixando louco. Tudo isso é por você, entendeu? Cada parte sua me atrai e nada vai mudar isso. Ok?

Balanço a cabeça em concordância.

— Não, Ayleen. Eu quero ouvir sua voz — seus olhos são impiedosos.

— Ok — respondo, firme.

Victor beija o meu ombro.

Ele tira a minha mão de sua ereção e me abraça por trás. Então põe um joelho entre minhas pernas e começa a massagear as minhas mãos.

Ele é tão alto. Afirmo para mim mesma.

Acaricia minhas palmas e vai subindo até chegar em meus ombros. Meu corpo relaxa completamente. Vejo o meu reflexo e tento me enxergar da mesma forma que ele.

Meus lábios estão entreabertos. Meus olhos inebriados de desejo e meu cabelo está solto, levemente rebelde.

— Isso, se entregue completamente pra mim — me pede.

Suas mãos encontram os meus seios inchados. Victor massageia, apalpa, aperta os bicos e se não fosse o seu joelho, eu já estaria toda derretida no chão. Cada toque seu só aumenta a minha antecipação e desejo.

Meu sangue já virou fogo líquido. Ele abandona-os e continua sua trilha. Circula o meu umbigo com o indicador e para um pouco acima do meu sexo.

Quase grito para ele continuar. Mas ele lê os meus olhos e desce sua mão. Victor abre o meu sexo e desliza o dedo por toda a extensão.

— Victor — gemo o seu nome. Sou incapaz de me conter.

— Isso, bebê. Se solta. Grita, chama o meu nome. Se sinta livre.

Sua fala sai sussurrada bem próxima ao meu ouvido. Um arrepio passa por mim.

Então, ele pressiona dois dedos sobre o meu clitóris e começa a fazer movimentos circulares. É tão bom que meu quadril segue o seu embalo e eu nem percebo. Quando dou por mim, estou me esfregando em sua coxa.

— Veja como você fica irresistível quando tá tomada de desejo.

Foco no meu reflexo. Minhas bochechas estão levemente coradas e meu peito sobe e desce. Meus lábios estão vermelhos e meus dentes afundados sobre eles. Tô com cara de quem tá louca pra ser fodida, constato.

— Ainda bem que só os meus olhos veem esse rosto cheio de tesão — dois dedos afundam na minha entrada.

Hum — solto uma lamúria enquanto os seus dedos entram e saem, preguiçosamente.

O quarto fica preenchido do som dos seus dedos se encontrando com o meu sexo molhado.

— Mais rápido — quase ordeno. Sinto o meu orgasmo querendo se formar.

Mas aí, quando a explosão ameaça vir, tudo para. É a mesma sensação de comprar um bolo recheado e na hora de comer, o recheio ser uma merda. Super frustrante...

— O quê? Por que parou? — quase choro.

Encaro o seu reflexo e vejo quando ele enfia os dedos que estavam em mim na sua boca. Ele abaixa a mão e seus olhos ficam ferozes.

DeclínioOnde histórias criam vida. Descubra agora