O que você faria se seu trauma de infância tornasse sua mais nova paixão?
Nesta história conheceremos Ísis, uma garota simples e a primeira vista tímida, que mora na populosa cidade de São Paulo. Ela irá se aventurar em um mundo na qual abomina...
Acabamos de entrar no avião e já estávamos nos preparando para descansar. O dia hoje foi super corrido e tudo o que eu queria era dormir. Como ainda não havia entrado todos os passageiros, as luzes ainda estavam ligadas, então ficamos conversando.
Rhea: Eu ainda não acredito que estou fazendo uma viagem onde eu só sei o nome do país.
Ísis: Você disse que bastava estar comigo.
Rhea: E basta. Mas isso não evita que eu fique mega curiosa.
Ísis: Pense nisso como uma lua de mel.
Rhea: Lua de Mel é? E quando foi que nos casamos, que eu não me lembro?
Ísis: Nós já moramos juntas. Quer casamento maior que isso? - Rhea arruma a postura na poltrona.
Rhea: Não... Nem pensar. Tá maluca? Acha que eu faço as coisas de qualquer jeito? Tá muito enganada... - Ela vira-se para frente e cruza os braços. - Eu vou te pedir em casamento de forma descente. Cada uma... Acha mesmo que é só juntar as escovas no banheiro e foda-se... - Ela estava visivelmente brava.
Ísis: Você ficou brava? Sério? - Ela volta seu corpo em minha direção e segura meu rosto em ambos os lados com as mãos.
Rhea: Entenda uma coisa. Eu estou com você porque te amo mais do que a minha necessidade de respirar. Quero um momento lindo para pedido, um casamento perfeito, com direito a tudo e você me dizendo sim no altar. - Ela levanta uma de suas sobrancelhas. - Tá me entendendo?
Ísis: Sim senhora.
Rhea: Senhorita. Ainda não nos casamos. - Ela me dá aquele sorrisinho lindo que só ela sabe fazer.
Nós ficamos rindo de seu pequeno surto, mas aquele momento só me deu mais certeza de que essa viagem é um passo importante para nós. Aos poucos estamos criando memórias e vínculos que no futuro irão nos motivar a dizer o nosso "sim para sempre".
Todos já haviam entrado e as luzes foram apagadas. Rhea levantou o encosto do meio das nossas poltronas para que pudéssemos dormir abraçadas. Mesmo que não seja confortável como a nossa cama, já ficamos acostumadas em dormir assim.
Algumas horas se passaram, já estávamos em solo no país de destino. Nossas malas estavam conosco e estávamos a espera do Táxi que nos levaria até a ilha.
Rhea: O Táxi nos deixará na balsa e irá embora?
Ísis: Creio que sim. Pois não há razões para que ele fique conosco, sendo que ao descer da balsa seremos levadas até nosso destino com um carro particular.
Rhea: Você preparou tudo mesmo.
Ísis: Na verdade, essas coisas eu nem se quer havia pensado. Damian que me ajudou com os detalhes que não pensei.
Rhea: Ele também me ajuda com detalhes kkk. Tem momentos que estou tão ansiosa com algo, que nem me lembro de coisinhas que fariam toda a diferença.
Ísis: Ainda bem que ele é assim. Senão teríamos que ir da balsa até a casa andando.
O nosso táxi chegou e o motorista nos ajudou a guardar as malas e em seguida abriu a porta para entrarmos no carro.
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