CAPÍTULO 76
POV ÍSIS
Há dias tenho me impenhado bastante para mostrar ao mundo que sou digna da posição que ocupo na empresa a qual trabalho. Eu sei que não devo nada a ninguém e tampouco preciso provar meu potencial. Mas existem pessoas que se inspiram em mim, e à elas eu acho justo mostrar como a perseverança nos leva a patamares jamais sonhados. Minha carreira como lutadora profissional, mesmo que recente, tem um histórico exemplar. Paul me diz que é apenas o começo para uma grande estrela. As vezes paro e penso "você realmente é tudo isso?". Bom... É história para outra crise existencial.Na verdade, hoje pensarei em tudo, menos nos ringues que me aguardam pelo mundo. Estou com os preparativos do meu casamento com Demi a todo vapor. Em breve Gisele, Isla e Bella chegarão para finalizarmos alguns detalhes. Jamais poderia fazer isso sem que elas estivessem comigo. Eliza, que agora trabalha em um dos hospitais do meu pai, não poderá estar presente por causa de uma cesariana de emergência. Mas disse que ficará responsável pelos convites. E enquanto as meninas não chegam e Tomás não acorda, Demi e eu conversamos no quarto.
Rhea: Amor, você viu aquela camisa preta?
Ísis: Camisa preta? Você já viu seu armário? 90% do conteúdo é preto. Lá é quase um buraco negro. - Ela coloca a cabeça para fora do closet.
Rhea: Acordou engraçadinha hoje, hem.
Ísis: E estou mentindo? - Ela vem em direção à cama, onde estou.
Rhea: E afrontosa. Qual foi, Villin? Perdeu o medo?
Ísis: Não sei. Acho que sim. Você não me parece mais tão "Brutal". - Digo, fazendo aspas no ar. - Acho que a maternidade te deixou... Menos. - A mesma finge revolta e sobe em cima de mim. Me prendendo com as pernas e me deixando encurralada, segurando minhas mãos no alto da cabeça. - Isso é uma tentativa de me amedrontar? Eu conheço todos os seus truques, Bennett.
Rhea: E quem disse que eu preciso de truques? - Me solta. - Para você, pode ser que Bennett não baste...
Ísis: Até basta. Mas não significa que não precise de outra coisa... Outra pessoa... Ripley, talvez. - Ela cruza os braços, fingindo estar ofendida. - Se eu pedir com jeitinho, você me beija até minha calcinha ficar encharcada? Porque pelo visto eu tenho que implorar para me foder. - Um olhar afrontoso toma conta.
Rhea: Filha da puta! - Diz, passando ambas as mãos no rosto. Respirando fundo. Claramente se contendo. Mas em seu olhar tinha desejo. E nunca parecia o mesmo. Ela tinha o maldito dom de me fazer sentir que era a mulher mais gostosa da face da Terra.
Ísis: Não me olhe assim, Ripley. Sabe que quando sinto esse olhar sobre mim imagino você no meio das minhas pernas, me enforcando e me fazendo perder o ar com cada vez que me soca forte. - O fato dela perder as estribeiras com meras palavras, me motivava cada vez mais a ler certos "romances".
Rhea: Tire a saia!
Ísis: Por que? Não gostou?
Rhea: Tire a saia! - Diz, pausadamente.
Ísis: Mas amor, eu achei tão linda. Pensei que fosse gostar também.
Rhea: Eu gostei. Mas minha calça tá ficando apertada. Então tira logo a porra da saia! - Com um olhar travesso, faço o que a morena me ordenou. Seu olhar passeava pelo meu corpo, deixando claro que ela queria me foder até eu aprender a não desafiar mais sua autoridade entre nós. Depois de retirar a peça, fico somente de calcinha e uma blusa branca, de algodão, finíssima. Seus olhos voltam para meus seios, ficando evidente a rigidez. - Está com frio, Villin? - Aproxima-se de mim, passando as mãos pela minha cintura. As mesmas tinham a agilidade necessária para me fazer ansiar por mais. O toque quente dos seus dedos eram como uma droga, da qual tenho dependência total. Eu negava, respondendo sua pergunta. - Então isso... - Sentia sua pele tocando a minha. Mais sensível impossível. Eu queria mais. Precisava dela. - Eu nem fiz nada, ainda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEY
Hayran KurguO que você faria se seu trauma de infância tornasse sua mais nova paixão? Nesta história conheceremos Ísis, uma garota simples e a primeira vista tímida, que mora na populosa cidade de São Paulo. Ela irá se aventurar em um mundo na qual abomina...