CAPÍTULO 68
POV RHEA
O evento deu tão certo que existe a possibilidade de edições futuras. Já estão chamando de "leilão da Connor's Cure" na imprensa. Ísis não poderia estar mais contente com esse resultado. Gisele até brinca que futuramente irá se tornar algo semelhante ao "Criança esperança", uma ação para crianças desamparadas que acontece anualmente no Brasil. A WWE apostou certo quando entregou algo tão grande nas mãos da minha amada.
A bomba que fora jogada em nossos braços, na noite anterior, não fora subestimada. Mas Ísis tem tentado se manter íntegra com relação a tudo isso. Nossos planos não mudaram. A partir de hoje iremos procurar uma casa que seja perfeita para o que idealizamos, nossos filhos, sejam eles pets e humanos.
Ainda não me acostumei com a ideia de ser mãe e tampouco que seja com Priscilla. Na verdade, parece um pesadelo tudo isso. Dizem que as pessoas que não geram o filho só adquirem amor depois que nasce e segura a criança no colo. Será que é isso que irá acontecer comigo? Porque Deus me perdoe, mas eu não consigo amar essa criança ainda. Não com tudo o que essa gestação tem causado à minha vida. Exposição da minha condição, mundialmente; perturbação no meu relacionamento; adiamento de alguns planos e por aí vai. Enfim, seja lá como for, quero garantir que seremos uma base estável para esse filho que estar por vir. Prefiro pensar que com o tempo tudo irá tomar um rumo inesperado e que nos favoreça. Na verdade, é o que eu rezo todos os dias e eu nem sou de fazer orações.
O dia seguinte à festa chegou e com ele a ressaca veio fazendo barulho. Não havia um som que não parecesse estridente, uma luz que não brilhasse forte demais ou ânimo que nos ajudasse a melhorar. Passamos a noite , todos juntos, na casa de Dominik, por ser a mais perto do estádio. Afinal nenhum de nós tínhamos condições para dirigir ou ser levado para além de dez minutos de distância.
Elisa: Minha cabeça está tinindo. - Diz a doutora, com as mãos apoiadas na bancada e o rosto sobre elas. - Eu preciso, urgentemente, de um sorinho.
Isla: ALGUÉM VIU MEU SAPATO?
Finn/ Dominik/ Ísis: NÃO GRITA!!! - Dizem em coral.
Gisele: Já que não temos soro, a única opção é a caseira. - A ruiva segue até a geladeira, tirando de lá quatro garrafas d'água de dois litros, cubos de gelo e diversos limões. - Mas vou precisar usar o liquidificador ao menos três vezes. Estou avisando por causa do barulho.
Dominik: Vai fazer limonada suíça, não é? - Gisele confirma. - Gi sempre diz que hidrata e manda a ressaca pra casa do caralho.
Damian: Parabéns, Dom. Essa ênfase no final vendeu bem o produto. Desce logo três copadas.
E assim o fez. Gisele, como sendo a que se encontrava em melhor condição de embriaguez, cuidou de todos nós. Diversas jarras foram preparadas e todos estávamos sentados em volta da bancada para esse momento. Parecia mais um concurso de quem bebe mais limonada, mas eram somente oito bêbados se arrependendo de cada gota de álcool que fora ingerida na noite anterior.
Depois da quantidade exorbitante de suco, nos espalhamos por toda a sala. Alguns deitados no sofá, outros pelas poltronas, mas o melhor lugar, definitivamente, fora o escolhido por mim, Ísis e Damian; o chão, que estava geladinho. Estávamos em processo de hidratação do fígado e o chão refrescava o corpo. Definitivamente parecia uma boa combinação.
Finn: Eu nunca mais bebo tanto.
Elisa: Toda vez você fala isso e toda vez você repete. - Ísis, ria, pois era exatamente o que acontecia comigo. Mas quando ela ia dizer algo, fez uma feição estranha e correu para o banheiro. Eu a segui.
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Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEY
FanfictionO que você faria se seu trauma de infância tornasse sua mais nova paixão? Nesta história conheceremos Ísis, uma garota simples e a primeira vista tímida, que mora na populosa cidade de São Paulo. Ela irá se aventurar em um mundo na qual abomina...