×UNFORTUNATELY, IT'S TRUE× 64

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CAPÍTULO 64

POV ÍSIS

Novamente o destino está me testando. Sinceramente, qual a necessidade de tantas coisas infernais acontecerem a mim? Por um curto período de tempo, a única vontade que senti era tornar-me completamente Bloody Viper e acabar com tudo isso, destruindo o mal pela raiz. Em alguns momentos, esse pensamento ainda assola minha mente. Pois não entendo como alguém tão suja e podre consiga sair por cima. Eu farei o que for necessário para não perder o restante das coisas importantes que ainda tenho em minha vida.

Rhea: Está pensativa...

Ísis: Tudo o que quero é que quando entrarmos lá, nada disso seja real, entende? - Estávamos no consultório de Elisa. Nossa amiga, além de ginecologista, é obstetra. Então pedimos que ela fosse a responsável por nos dizer se no ventre de Priscilla realmente havia uma criança sendo gerada. - Ela vai demorar tanto assim para vir? - Eu estava completamente ansiosa. Rhea marcou com a escória ambulante, para vir fazer a ultrassom. Mas ela ainda não havia chegado e não respondia as mensagens.

Rhea: Ela tem que vir. Já disse que se ela não colaborar, irei acionar meu advogado. O que é um equívoco. Pois ele já está ciente de tudo, faz dias. - Nesse momento, Elisa sai da sua sala e vem falar conosco.

Elisa: Oi meninas. Lamento muito vê-las por essas condições.

Ísis: Eu preferia estar aqui por causa de um surto da minha SOP. - Elisa me repreende com o olhar, pois um surto de uma doença policística é algo extremamente grave.

Elisa: Deixei tudo pronto. Desde que ela deite naquela maca, não há como mentir sobre estar grávida.

Ísis: O problema não é ela estar grávida. Sinceramente estaria cagando para isso. O problema é ser da minha mulher.

Elisa: Eu já expliquei para vocês como isso é raro, dadas as condições de Demi.

Ísis: Raro quando trata-se de mim, Elisa. Que não consigo ter ovários funcionais. Priscilla provavelmente tem os dela completamente saudável. - Rhea abaixava o rosto, sentindo-se culpada por tudo o que estávamos passando. - Se até pessoas consideradas inférteis, conseguem filhos, imagina uma sem diagnóstico algum... - Nesse momento, pude ver pelo reflexo do espelho em minha frente, que Priscilla havia chegado. Parando em frente à recepção.

Elisa: Pode deixá-la entrar, Karen. - Disse ela, à recepcionista. - A sala já está pronta.

Gigi: Me pergunto se isso é eficiência ou vontade de me desmentir. - Elisa ignora o comentário e abre a porta, para que a ruiva adentre no cômodo. Em seguida, Rhea entra, segurando minha mão. - Não! Não quero Ísis aqui dentro. Somente Demi poderá entrar, por ser a mãe. Aquela vagabunda, eu não quero aqui.

Elisa: É o seguinte, Priscilla. Serei o mais sucinta possível. Você está no MEU consultório. Então aqui, você deve tratar com respeito toda e qualquer pessoa presente.

Gigi: Mas ela quer a minha desgraça. Me fará mal.

Elisa: Você está causando a desgraça na vida dela, nesse exato momento. Então cada uma fique com a sua definição de "desgraça" e deixe-me fazer o meu trabalho. Se você estiver realmente grávida, eu garanto que Ísis não fará nada a você.

Gigi: EU ESTOU!

Elisa: Então prove. Deite-se na maca e eu irei examiná-la. Ísis está aqui como apoio à Demi. Que supostamente é a outra mãe. Caso ela queira fazer algo, que inflinja o seu direito de ir e vir, eu mesma interrompo suas ações.

Gigi: Está bem. - A ruiva deitou na maca, levantou a blusa que estava usando e abaixou o short, juntamente a calcinha, até a região pubiana, por ser exatamente o local onde Elisa iria começar a ultrassom. Ao que aplica o gel, Priscilla emite algum som, por ser gelado, mas ninguém transmite nenhuma reação, achando graça. - Que desânimo, nessa sala.

Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEYOnde histórias criam vida. Descubra agora