⚠️𝑨𝒗𝒊𝒔𝒐: 𝑬𝒔𝒕𝒆 𝒄𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆́𝒎 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒖́𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒐𝒖 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝒆𝒗𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒄𝒂𝒖𝒔𝒂𝒓 𝒂𝒍𝒈𝒖𝒎 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒇𝒐𝒓𝒕𝒐 𝒂𝒐𝒔 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔.⚠️
CAPÍTULO 70
POV ÍSIS
XXX: Acorda, garota. - Escuto uma voz me chamar e cutucar meu ombro. - Ei! Você é a Bloody Viper, não é? - Aos poucos abro meus olhos, levanto meu corpo daquele banco desconfortável. - Desculpe acordá-la. Mas você estava quase caindo.
Ísis: Tudo bem. - Esfrego os olhos e ao abrir, a claridade evidencia que o local em que estou não é um pesadelo.
XXX: Você é mesmo a Bloody Viper. Aí meu Deus! - A mulher levanta, corre até a grade da cela e grita: - EI! ALGUÉM ME TRÁS UMA CANETA. EU PRECISO DE UMA CANETA.
XXX: Calada, detenta! - Diz uma mulher, loira, próximo ao local em que estamos.
Ísis: O que está fazendo?
XXX: Quero um autógrafo seu. - Ela senta-se ao meu lado novamente. - Me desculpe. É que isso é a coisa mais legal que me aconteceu, em toda vida. Fui presa junto a uma super estrela de wrestling. - Ela estende uma das mãos. - Que indelicadeza a minha. Me chamo Sarah.
Ísis: É um prazer conhecê-la, Sarah. - A mulher de madeixas rosas sorriu para mim, corando as bochechas.
Sarah: O que a trouxe aqui? Dirigiu bêbada? - Um sorriso amarelo borda seus lábios.
XXX: Ela matou um bebê. - Disse a carcereira da cela provisória. Em seguida, a delegada, Denise, vem até nós. - Vamos, Villin. Quero ter outra conversa com você.
A mulher que nos pediu silêncio, veio até mim e algemou meus pulsos, novamente, para que eu pudesse ser levada em um segundo interrogatório "particular". Quando pensam ter certeza de um erro seu, eles não tomam cuidado. Meus punhos estavam tão feridos quanto o braço de um adolescente que desistiu de tentar aguentar as dores que a vida lhe fez sentir. Meu rosto certamente possuía diversos hematomas, causados por tapas e socos, pela minha tentativa em afrouxar as algemas. Minhas costelas flutuantes pareciam perfurar meu pulmão direito, pois foi onde chutaram para me colocar dentro da cela. Quando eu chorei, me disseram que já apanhei muito em ringue, então isso não era nada. Sabe qual é a beleza do wrestling? Nós estudamos e treinamos cada um dos nossos golpes, para ferir o outro o mínimo possível e na semana seguinte conseguirmos entregar um excelente show, novamente. Isso não era um show, eram pessoas treinadas para ferir sem nenhum pudor. Eu sei que cometi um erro em não prestar socorro, sei que possivelmente isso causou a morte do feto. Porém, não a feri. Não houve se quer um momento que eu tenha tocado em Priscilla. Eu apenas fui embora. Mas agora irei pagar por cada erro. Sejam eles cometidos ou não.
Denise: Sente-se. - Ela aponta para uma cadeira em frente a mesa de interrogatório, que já era conhecida por mim. Sua funcionária prendeu minha algema, com mais força ainda, no apoio. - Pode retirar-se, Julie. - A mulher sai da sala e Denise apoia suas mãos sob a mesa, deixando seu corpo levemente inclinado em minha direção. - Agora somos somente eu e você.
Ísis: E qualquer outra pessoa que esteja atrás desse espelho, não é? - A loira olha para o local indicado por mim. Retira uma mecha rebelde do rosto e sorri. Eu, por outro lado, vejo com facilidade cada ferimento que me fora causado. - O que você quer, delegada? Eu já disse tudo o que tinha para dizer. 24 horas, certo? Não pode me ter aqui por mais do que isso. Estou aqui há pouco mais de 12, não é mesmo?
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Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEY
FanfictionO que você faria se seu trauma de infância tornasse sua mais nova paixão? Nesta história conheceremos Ísis, uma garota simples e a primeira vista tímida, que mora na populosa cidade de São Paulo. Ela irá se aventurar em um mundo na qual abomina...