CAPÍTULO 36
POV RHEA
Acordei no meio da noite, os meus olhos estavam pesados, estava realmente cansada. Não sei que horas são, tateio no criado mudo a procura do meu celular. O aparelho marcava 2:43 AM. Ísis choramingava ao meu lado e somente agora me dei conta.
Rhea: Baby. - Coloco a mão em seu ombro para virar seu corpo em minha direção. - Por que está chorando? - Ísis se vira e posso ver em seus olhos a expressão de dor. Ao olhar suas mãos sob a barriga, fico preocupada.
Ísis: Meu corpo dói. Não sei o que está acontecendo. Mas está doendo. - Ísis se curvava em posição fetal. - Acho que meu corpo está sentindo os impactos da luta de hoje.
Rhea: Posso lhe preparar um banho de água quentinha para ajudar a aliviar os músculos, já que não posso lhe dar anti-inflamatórios. - Ísis acena que sim. - Vou no banheiro, já volto. - Liguei a banheira com a temperarura mais elevada, usei uns sais de banho de camomila e vanilla para que Ísis se sentisse mais calma e tranquila. Voltei para o nosso quarto e a peguei no colo, como uma noiva. Quando chegamos no banheiro, a coloco sentada na beirada da banheira e tiro as poucas peças de roupa que ela estava usando.
Ísis: Obrigada pela ajuda baby. - Ísis se apoia em mim para adentrar na água. - A água está maravilhosa. O cheirinho está tão bom. - Ela deitara na banheira, mas não parecia confortável ainda. Numa atitude desesperada para que sua dor passasse, eu entrei, mesmo vestida. Me coloquei atrás dela, que deitou sobre mim, aliviada. - Isso está muito melhor. Obrigada amor. - Ísis deitou de lado, apoiada em meu braço, então enquanto os jatos massageavam seu corpo, eu acariciava sua costa nua.
Rhea: Isso está ajudando? - Não ouvi em respostas faladas. Apenas uma respiração pesada. Ísis conseguira dormir tranquila em meus braços. Eu não poderia querer nada melhor. Apenas apoiei minha cabeça sob o encosto e acompanhei ela em um sono tranquilo.
Acordei novamente, por conta própria, apesar do medo de dormir na água, nada nos aconteceu. Aos poucos meus olhos iam abrindo e os sentidos voltando. A água ainda mantinha a temperatura e eu podia sentir os jatos da banheira em minhas costas. Mesmo sem acordar completamente, sentia Ísis em meus braços. Porém, quando abri os olhos, parte da água estava em um vermelho turvo. Meu susto foi imenso, uma de nós estava sangrando.
Rhea: Babe... - Eu tento acordar Ísis sem muito alarde. Não quero assustar ela. - Amor, temos que acordar. - O sangue vinha de Ísis. Isso estava me deixando aflita. Passei a mão com mais intensidade em suas costas. Ela começara a acordar. - Precisamos sair da água meu amor.
Ísis: Nãooo. - Ísis negava manhoso e abraçava mais meu braço esquerdo. - Aqui tá gostoso. - Claramente a morena ainda não havia aberto os olhos.
Rhea: Mas baby... - Por mais que eu não quisesse assustar ela, precisava que ela saísse logo daqui e resolvessemos. - Você está sangrando. - Ísis não escutara. - ÍSIS, VOCÊ ESTÁ SANGRANDO. - Imediatamente ela levanta a cabeça, já com os olhos abertos. Olha sobre nós e vê claramente que o sangue está saindo do meio de suas pernas. - Você não está no período menstrual. - Definitivamente isso não foi uma pergunta, sou eu que dou os comprimidos para Ísis todos os dias, então eu sabia que a cartela dela estava na metade, sendo assim não teria como ela estar naturalmente menstruada. Ísis entrou em pânico. - Amor, eu vou ligar para a Drª Elisa. Ela vai nos ajudar.
Sai da banheira com cautela, enquanto Ísis agora sentara lá dentro. O medo em seus olhos estava me destruindo. Elisa finalmente atendeu.
Ligação ON
Rhea: Olá Drª. Me desculpa ligar tão cedo e em seu número particular. Mas eu acho que é urgente. Ísis passou a madrugada com dores e acordou sangrando. - Eu tentava me manter calma para o meu medo não se juntar ao de Ísis. - Ela está sagrando muito, fora do período menstrual.
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Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEY
FanfictionO que você faria se seu trauma de infância tornasse sua mais nova paixão? Nesta história conheceremos Ísis, uma garota simples e a primeira vista tímida, que mora na populosa cidade de São Paulo. Ela irá se aventurar em um mundo na qual abomina...