×IT'S ALWAYS BEEN YOU× 73

392 111 74
                                    

CAPÍTULO 73

POV RHEA

            
        Adelaide. Voltar para casa se tornou um misto de felicidade e saudade. Aqui moram as pessoas que me geraram, me deram tudo o que eu precisei, por anos. Junto da minha alma gêmea, que muitos dizem ser igual a mim, se não fosse loira. Minha família está aqui. Mas minha Nonna não. Saber que entrarei naquela casa novamente e não sentirei seu abraço, é doloroso. Será que ela sabe a falta que faz, em todos nós? Nunca saberemos.

Tomás: Mamãe, tudo bem?

Rhea: Tudo, meu leãozinho. É que eu queria tanto te apresentar uma pessoa.

Tomás: Quem?

Rhea: Sua bisavó, minha Nonna.

Tomás: E por quê não pode?

Rhea: Ela foi morar com papai do céu, meu amor. - O garotinho me abraçava. Estava sentado em meu colo, de frente para mim. - Ela era tão legal. Com certeza iria amar te conhecer. Acredita que ela gostou da mamãe Ísis no primeiro momento em que a viu? - Tomás olha para Ísis, a fim de confirmar a afirmação. A morena concorda. - As vezes, penso que Nonna gostava mais dela do que de mim.

Tomás: Impossível! Vocês duas são legais iguais. A bisa amava você, mamãe. - Ouvir essa frase me fez pensar que minha Nonna poderia estar falando comigo, através desse anjinho  que entrou em nossa vida de uma forma tão única.

Ísis: Ele tem razão, meu amor. - Ísis deita sua cabeça em meu ombro, brincando com a mãozinha de Tomás. - Tenho certeza que ela está orgulhosa de você, da família que você formou.

Rhea: Eu prometi que iria mudar. Prometi para ela que faria de tudo para te ter comigo, novamente. - Ao olhar para ela, sorrio e lhe dou um beijo. - Nonna iria amar a nossa família.

Tomás: Ela já ama, bobinha. Com ceteza papai do céu deixa ela ver você. Nós teis.

Rhea: Você tem razão, meu pequeno. Sabe, ela tinha um beijinho muito gostoso. Era apertado e sempre fazia todo mundo rir.

Tomás: Ela assim? - Ele beija forte a minha bochecha, certamente tentando fazer o que eu disse. Foi inevitável não rir, pela tentativa. - Acho que ela, né? Você riu.

Rhea: Era exatamente assim, meu leãozinho. - Ele faz o rugido de sempre. - Te amo tanto.

Ísis: Eu amo vocês dois.

Tomás: Eu sou o neném mais feliz do mundo. - Diz ele, abraçando nós duas.

       Não demorou muito para que uma "frota" de táxis parassem em frente a casa dos meus pais. Todos com suas malas retiradas e uma fome tremenda. Minha mãe disse que estava mais que preparada para nos receber e não brinquei quando disse que todos viriam. Meus pais saem ao lado de fora e posso ver seus rostos iluminarem em felicidade. Tomás estava no colo de Ísis e eles vieram diretamente até nós.

Peter: Minhas meninas, que saudade senti de vocês. - Ele me abraça primeiro, firme e posso sentir como era verdade o que dizia. - Vocês definitivamente precisam voltar mais vezes. Não é a mesma coisa sem a bagunça das três crianças da casa.

Rhea: Pai, crianças?

Anna: Vocês sempre serão nossas crianças. - Minha mãe me abraça também e ao fazer o mesmo com Ísis, Tomás sorri, com os bracinhos estendidos. Ela obviamente retribui e o garoto passa para o seu colo. - Olá, mocinho. Qual seu nome?

Tomás: Me chamo Tomás Villin Bennett. - Definitivamente ele amava ser anunciado, por si só. - Você é a minha vovó Anna, não é? - O olhar de minha mãe, confuso e inegavelmente perdido, se fazia presente. Seus olhos marejavam, ao que notava a importância desse momento. - Não chola, vovó. - Seus pequenos dedinhos tocavam seu rosto e a mesma segura  a mão do menino, com uma ternura da qual nunca vi ela ter. Na verdade, mamãe olhava para Tomás da mesma forma que Nonna me olhou por longos anos.

Perdition And Innocence _ RHEA RIPLEYOnde histórias criam vida. Descubra agora