Cap. 16 - Uma ideia brilhante

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Helena não sabia mais o que fazer, já fazia dois dias que Annie se recusava a sair do quarto, fazer a garota comer era uma luta que cada dia ficava maior. A campainha tocou e, ao atender, um sorriso de esperança surgiu em sua face.

Helena: Oi!


Clara: Oii! A Annie está?


Helena: Tá sim, ela vai amar te ver...


Clara sorriu.


Helena: Pode subir, ela está lá em cima com a Dulce.

Clara entrou no quarto de surpresa, abraçando Annie.

Clara: Oi, minha Barbie!!


Annie: Clarinha... Não te esperava aqui...


Clara: Se quiser eu vou embora...


Annie: Claro que não!


Clara: Oi Dulce! - cumprimentou-a com um beijo no rosto.


Dulce: Oi linda!


Clara: Então, como você está?


Annie: Bem... -respondeu, desanimada.


Dulce: Bem, até parece! Bom que você apareceu... -ela respirou fundo. Não sabia mais o que fazer.


Clara: Ah é Dul, ela anda malcriada?


Dulce: Um pouco...


Clara: Posso saber o porquê, dona Anahí? -perguntou, com as mãos na cintura.


Annie: Não é nada... A Dulce que é dramática...


Clara: Sei... Então me fala, como você está?


Annie: Já disse, estou bem!


Clara: Fiquei sabendo que o Poncho esteve aqui...


Annie ao ouvir o nome de Poncho, não pôde controlar, seus olhos encheram-se de lágrimas imediatamente. Péssima ideia.

Clara: Ai Annie, calma... Vem aqui, vem!


Annie se deitou no colo de Clara e a garota acariciava seus cabelos.


Annie: Ai Clarinha, dói tanto! -confessou.


Clara: Eu imagino, mas acredita em mim! Eu sei, eu sinto que tudo ainda vai dar certo...


Annie: Como? Se meu menino se casou, vai ter um filho... Eu o perdi para sempre!


Clara: Annie pensa comigo... Sim, ele se casou. Mas no dia do casamento dele ele estava aqui, com você! -lembrou, tentando animá-la.


Annie: Mas antes de ir embora brigou comigo...


Clara: Mas você sabe, ele é um idiota!


Annie ficou quieta, ainda chorando... Clara olhou para Dulce, como se pedisse ajuda. A ruiva levantou-se e foi até onde estava sua bolsa, pegou um papel e sentou-se novamente.

Dulce: Annie, presta atenção no que eu vou ler...


Annie consentiu com a cabeça, ainda no colo de Clara.

Dulce: Às vezes nossos sonhos caem no chão como pedacinhos de estrelas que pouco a pouco se apagam, nosso coração chora em silêncio e quando as lágrimas caem gelam todo o corpo, e o coração de tanto amar vira gelo para não sofrer mais, para não chorar mais. Mas se olhar para o céu, se dará conta que ainda existem milhões de estrelas e cada uma é um sonho a cumprir.
E a força em seu interior derreterá o gelo do seu coração.
Só nunca deixe de acreditar, porque o amor e seus sonhos são a única porta até a eternidade...


Annie levantou-se, algumas lágrimas ainda caiam em sua face, porém havia um leve sorriso em seu rosto.

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora