Nos próximos dias, para alegria de todos, Anna Beatriz começou a ganhar peso. Annie ainda estava internada, Poncho dormia com ela quase todas as noites, porém tinha ido dormir com Isabella em algumas também. A menina estava sentindo muito a falta da mãe, e Annie a dela.
Após doze dias internada, Annie finalmente recebeu alta. Apesar de estar feliz por poder ver Isabella e pela sua própria recuperação, seu coração estava partido por ter que deixar sua Anna Bia internada.
Annie: Eu queria tanto levar minha pequena para casa... - Estava arrumando a mala, Clara e Maite a ajudavam.
Clara: Logo ela vai, ela está ficando cada vez mais forte. Minha Anninha, orgulho da titia! – Disse, sorrindo. – Eu preciso conhecer ela de perto! – Clara, assim como os outros, só tinham visto Anna Beatriz de longe, pelo vidro da UTI Neo e depois de muito insistir. Apenas os pais e avós dos bebês podiam entrar.
Maite: Eu sei que queria levar sua pequena para casa, loirinha, mas fica feliz porque agora você já está bem e vai conseguir cuidar melhor dela. Sei que não é fácil, mas não vai demorar para ela ter alta também. – Disse, confiante.
Annie: Espero que não demore mesmo. -Ela secou uma lágrima e de repente as três se assustaram ao ver Poncho entrar rápido no quarto.
Poncho: Amor, vem aqui! Você precisa vir agora! – Ele pegou na mão dela, que primeiro ficou nervosa ao pensar que algo ruim tinha acontecido, mas depois viu que ele sorria e ficou curiosa.
Annie: O que aconteceu?
Poncho: Vem, você vai ver! – Ele estava muito sorridente.
Annie foi com ele, que praticamente a arrastou pelos corredores do hospital até chegar à UTI Neo. Fizeram os procedimentos necessários para entrar rapidamente e ele não quis dizer o que era. Annie estava apreensiva, embora soubesse que não era algo ruim, pelo sorriso dele.
Poncho: Olha! – Mostrou ao chegarem perto da filha – Os seus olhos, eu disse! Ela tem os seus olhos! – Annie ficou sem palavras, começou a rir e chorar ao mesmo tempo vendo os olhos de sua filha abertos pela primeira vez. Eram incríveis olhos azuis como os dela.
Annie: São os olhos mais lindos do mundo! – Ela se abaixou, se aproximando e olhando-a encantada, tocando na mãozinha da filha.
Poncho: Sim, os olhos da minha menina e da minha menininha – Ele abaixou ao lado dela e a abraçou. Ficaram assim por alguns minutos, conversando e até cantando baixinho para a filha, que mantinha os olhinhos abertos. Era mais uma pequena conquista que aquecia seus corações.
Já passava das 22h quando Poncho convenceu Annie a ir para casa. Ela queria ficar no hospital e na verdade ele também, mas sabia que ela precisava dormir bem. Apesar da alta, ainda estava em recuperação e dormir na poltrona do hospital não era uma boa ideia.
Annie: Você dormiu no sofá por quase duas semanas e eu não posso? -Disse, brava. Já estavam descendo do carro, no estacionamento do prédio, mas ela ainda não estava satisfeita. Sentia que estava deixando um pedaço dela no hospital, e na verdade estava. Aquilo doía.
Poncho: Meu caso é diferente, eu não tive hemorragia, parada cardíaca e não passei por cirurgia nenhuma.
Annie: Mas eu já estou bem. Não quero entrar nessa casa sem minha bebê! Pega a Bella e vamos dormir na minha mãe. – Decidiu, com os olhos marejados.
Poncho: Minha menina, olha aqui – Ele parou e ficou de frente para ela, segurando em suas mãos – Todas as vezes que eu vim aqui nos últimos dias, eu sofri muito. Eu estava sem vocês duas e essa casa parecia um lugar estranho para mim, aqui só é nossa casa se vocês estão bem e ao meu lado – Ela escutava e limpava uma lágrima que descia em sua face – Dessa vez eu estou com você e isso já me deixa muito mais forte. Vamos entrar, você vai ver a Bella que está morrendo de saudade de você, vai descansar um pouco e assim que amanhecer nós voltamos para o hospital. Vamos fazer isso todos os dias enquanto a Anna Bia estiver lá, e espero que isso seja por pouco tempo, mas ela precisa que nós dois estejamos bem para cuidar dela.
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Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2
FanfictionLivro 2 da série "Primer Amor" Realizar sonhos, vencer o orgulho, aprender a perdoar... Depois de viver tantos momentos e superar desafios com seu "Primer Amor" na adolescência, chegou a hora de provar que o que é verdadeiro nem o tempo, a mágoa ou...