Cap.139 - Perdiendo la voz

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Poucos minutos depois, Anna Clara chegou ao hospital. Já tinha repórteres na porta e ela teve certeza de que seu irmão estava lá. Pediu ajuda para o motorista e conseguiu passar sem falar com nenhum deles, já que era menor de idade e eles, embora quisessem, não forçavam nenhuma pergunta.

Entrou e pediu informações, falou quem era e rapidamente lhe mostraram onde Poncho estava.

Clara: Poncho! - chamou e ele logo reconheceu a voz, estava sentado com a cabeça abaixada entre as pernas e deixando suas lágrimas de nervosismo e preocupação rolarem livremente. Levantou a cabeça e depois ficou em pé, ela correu para abraçá-lo.

Poncho: Clarinha, que bom ter você aqui, como me achou? - Tentava lembrar se tinha avisado para alguém, mas não lembrava. Estava tão atordoado que pensou que poderia ter ligado sem nem perceber.

Clara: Eu senti que você estava precisando de mim, como não me atendeu chamei a mamãe e fomos na sua casa, lá soubemos o que aconteceu. A mamãe ficou lá com a Bella, cadê a Annie? Como ela tá? -soltando-se do abraço e olhando para ele. Pelo seu estado imaginou que não estava bem.

Poncho: Eu não sei, tô quase enlouquecendo aqui sem notícias. O médico dela chegou e falou que viria me informar, mas até agora nada. Obrigado por ter vindo, eu precisava mesmo de alguém do meu lado. Na pressa nem lembrei de avisar. Tinha muito sangue! Não foi como da outra vez, era muito mesmo! Eu tô com medo, muito medo! -voltou a chorar e Clara o abraçou mais uma vez.

Clara: Calma, vai dar tudo certo. A Annie vai precisar de você forte para cuidar dela como você sempre faz. - Tentava conter suas lágrimas para acalmar o irmão, mas também estava muito preocupada com Annie e sua sobrinha.

O médico saiu pela porta que levava ao setor que Annie estava e Poncho correu até ele.

Poncho: Como ela está? E minha filha?

Médico: Conseguimos estabilizar o sangramento e a pressão dela. Mas ela está muito fraca, perdeu muito sangue e o bebê está em sofrimento. Vamos ter que fazer o parto às pressas, ou a criança não vai resistir. Mas do jeito que a Anahí está, não sabemos se vai suportar a cirurgia. Eu preciso te perguntar uma coisa, se tivermos que priorizar uma delas...

Poncho parou de raciocinar após aquelas palavras. Como não sabia se iam resistir? Só poderia ser um pesadelo, o seu pior pesadelo.

Poncho: NÃO! - Foi a única coisa que conseguiu dizer.

Médico: Com a queda, ela teve um descolamento de placenta, por isso o sangramento. - Tentou explicar.

Poncho olhava para o médico, mas sentia sua cabeça rodar e seu coração parecia que iria falhar a qualquer momento, assim como suas pernas.

Clara: Calma, maninho - ela passou a mão por trás dele, com medo de que desmaiasse. Já estava pálido demais.

Poncho: Não pode nascer ainda, faltam dois meses! - constatou e o pânico pela possibilidade de perder outra filha o dominou.

Médico: Infelizmente não temos outra opção. Com a placenta descolada, o bebê não consegue receber os nutrientes e isso põe a vida dele em risco. Não tem como adiar o parto, o descolamento de placenta foi quase total. Estamos fazendo o possível para salvar as duas, mas precisamos saber sua escolha caso tenhamos que decidir. O ideal seria esperar a Anahí se recuperar para fazer o parto, mas cada minuto de espera pode ser fatal para o bebê.

Poncho: AS DUAS!!! Por tudo que é mais sagrado, eu quero AS DUAS, SALVA AS DUAS, eu imploro! - Gritou segurando os braços do médico, estava completamente fora de si.

Clara segurava o irmão com força, mas também não se sentia bem. Estava com muito medo por sua querida Annie e sua Anninha.

Médico: Faremos o possível. - Tentando se manter firme para deixá-lo mais calmo, embora entendesse completamente sua reação.

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora