Cap.85 - Que golpea nuestra barca

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Annie foi para a terapia, conversou com a psicóloga sobre a notícia que o médico a tinha dado e agradeceu por isso. Depois da sessão, ela estava bem mais calma e se sentia mais preparada para enfrentar esse desafio e reverter essa condição, se esforçando para que sua saúde melhorasse cada vez mais.

Helena: Vejo que está com uma carinha melhor! -Disse, vendo a filha sair da sessão.

Annie: Estou mais calma... A terapia sempre me faz muito bem, e hoje eu estava precisando...

Helena: Que bom! Vai querer ir ao shopping mesmo?

Annie: Sim, a semana vai ser muito corrida, quero aproveitar hoje. Assim me distraio também, não quero desanimar.

Helena: Assim que se fala! Então, vamos!

As duas seguiram para o shopping, ao chegar Annie parou para tirar fotos com alguns fãs, coisa que ela sempre amava. Depois foram comer e em seguida procurar as roupas que Annie estava precisando para a viagem. Estavam andando quando passaram em frente a uma loja de roupas para bebês e Annie parou olhando a vitrine. Lembrou de sua consulta e inevitavelmente ficou triste.

Helena: Filha? Tudo bem?

Annie: Sim... só lembrei do que o médico disse. Será que nunca poderei ser mãe? -Os olhos dela já ficaram marejados.

Helena: Não pensa assim, tenho certeza de que ainda vai me dar muitos netinhos!

Annie deu um fraco sorriso, mas logo olhou um vestido na vitrine que a fez sorrir abertamente.

Annie: Ai que lindo esse vestido!!! Nossa...amei! Vamos entrar! -Disse, puxando a mãe.

Helena: Vai comprar? - Perguntou, sem entender.

Annie: Vou, é a cara da Bella, vai ficar muito lindo nela! – Annie tinha se animado ao lembrar da pequena e imaginar como ficaria linda naquele vestido. Entrou na loja e acabou se empolgando, além dele comprou também um sapatinho, laço combinando e um roupão com capuz de ursinho.

Depois de andar mais um pouco, atender mais fãs e fazer mais compras, elas foram embora. Estavam no caminho quando Poncho ligou para Annie.

Annie: Oi amor, tudo bem?

Poncho: Mais ou menos... preciso de você! -Disse, com a voz triste.

Annie: O que foi? – Perguntou, preocupada.

Poncho: Tô com saudade! Quero o carinho da minha menina!

Annie: Amanhã nos veremos no ensaio...

Poncho: Não sei se vou aguentar!

Annie: Eu tô tão cansada... O dia foi agitado! E você, o que fez?

Poncho: Dormi a tarde toda!

Annie: Que folgado! Eu não vejo a hora de cair na cama...

Poncho: Vou sentir sua falta... Minha cama tá tão espaçosa sem você...

Annie: Oh meu menino... te amo! -disse, com um sorriso apaixonado.

Poncho: Eu te amo muito! Cada dia mais e cada dia fica mais difícil não ter você comigo todo dia, toda hora... Casa comigo amanhã?

Annie deu uma gargalhada.

Poncho: É sério! – Falou sem deixar de sorrir ao ouvir o som da risada dela.

Annie: Fácil assim, né?

Poncho: Muito fácil! Vamos casar logo, ter muitos filhinhos para encher nossa casa e eu nunca mais me sentir sozinho!

Annie sentiu um aperto no coração quando ele falou dos filhos. Tinha que contar para ele o que o médico havia falado, afinal, ele tinha o direito de saber. De repente sentiu medo dele desistir de casar-se com ela por essa possibilidade de não poderem ter filhos. E mesmo se ele não desistisse, será que era justo que ela quisesse continuar com ele e talvez privá-lo de ser pai novamente?

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora