Cap.56 - Alívio em meio ao caos

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O sol já entrava pela pequena janela da sala onde Annie e Clara estavam, quando a loira tentava se comunicar com Clara.

Annie: Quando te soltarem, você corre, pede ajuda para alguma mulher que ache confiável, procura um telefone... Ai Clarinha, eu sei que você é esperta, você vai conseguir! -disse, nervosa.

Clara: Não se preocupa... Se preocupa com você que vai ficar aqui! – tentou acalmá-la.

Annie: Não! Você vai chegar em casa e acalmar todo mundo! Se você estiver bem, eu me viro!

Clara: Claro que não! Eu tenho que vir te buscar!

Annie: Não se preocupa comigo Anna Clara, por favor! Não me deixa mais nervosa! -pediu, começando a chorar.

Clara: Você vai ficar bem Annie, vai dar tudo certo!

Os sequestradores entraram.

Sequestrador: Ô pirralha! Vamos te soltar! -disse, aproximando-se das duas e desamarrando Clara.

Clara: Para onde vocês vão me levar? -perguntou, assustada.

Sequestrador 2: Para bem longe daqui... Sua chata! A loirinha dá pra aguentar, até porque ela tem bastante qualidades... - Disse "secando" Annie com o olhar.

Clara: Se você fizer algo com ela meu irmão te mata! -ameaçou.

Sequestrador 2: Ah, o super-herói? Cadê ele que não veio voando ainda para cá hein? Pirralhinha metida! Deixa eu te deixar com o narizinho menos empinado antes, vem aqui! -disse, puxando-a pelos cabelos.

Ele sacudia a menina, e Annie chorava desesperadamente.

Annie: Para com isso!!

Um dos dois começou a rasgar a roupa da menina e o outro vendava os seus olhos.

Annie: Eu já disse, façam o que quiser comigo, mas deixem ela em paz! - implorou mais uma vez.

Sequestrador: Calma gostosa, sua vez já vai chegar... E vai ser bem melhor que isso aqui! Pega ela! – falou, jogando Clara no chão, ao que o outro homem pegou-a pelo braço e saiu arrastando-a.

Clara: Fica calma Annie, você vai sair daqui! -Gritou do outro cômodo, enquanto se afastava.

Annie: Não façam nada com ela, por favor! - Annie gritava, até o momento em que um dos sequestradores voltou para amordaçá-la, enquanto o outro seguia com Clara.

Clara tinha os olhos vendados e as mãos presas, foi guiada pelo sequestrador até o carro, que logo saiu em alta velocidade do local. A pequena tentava prestar atenção nas curvas em que o carro fazia, tinha esperança de conseguir memorizar o caminho, porém com os olhos vendados e com a velocidade do carro era difícil fazê-lo.

Após algum tempo, o carro freou bruscamente e Clara foi "arrancada" do carro, o sequestrador soltou seus braços e logo em seguida voltou para o carro. A menina logo tirou a venda dos olhos, mas não conseguiu olhar a tempo a placa do carro.

Sem saber onde estava, Clara começou a caminhar pela rua, enquanto as lágrimas tomavam conta de sua face. Seu corpo todo doía, sentia fome, sede e vergonha, sua roupa estava rasgada deixando parte de seu corpo desnudo.

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Depois de muito insistirem, Poncho aceitou subir para tomar um banho. Após o último telefonema que recebera, ele ficou muito abalado e ainda mais preocupado. Enquanto a água caia sobre o seu corpo, Poncho pensava em tudo que havia acontecido em menos de 24 horas... Sentia-se incapaz, derrotado por não ter chegado a tempo de salvar duas pessoas tão importantes na sua vida. Não conseguia imaginar sua vida sem elas e se algo ainda mais grave acontecesse com alguma delas levaria a culpa consigo pelo resto da vida.

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora