Cap.140 - No me dejes caer

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Poncho acordou apenas seis horas depois, quando já passava das 10h da manhã. Estava com Valéria e Angelique, Clara tinha ido para casa, assim como Ucker e Dulce. Derrick, Maite, os pais de Annie e Christian estavam na sala de espera do hospital.

Ele foi acordando lentamente e sentiu uma fisgada em seu peito ao lembrar onde estava e o que estava acontecendo antes de apagar completamente.

Poncho: Cadê elas? Cadê a Annie e a Anna Bia? – Disse, tentando reagir, porém ainda estava com dificuldade para falar devido ao efeito do calmante.

Valéria: Oi filho, como se sente?

Poncho: Grogue! O que me deram? Eu vou processar esse hospital, eu quero ver elas! -Estava nervoso, mas não conseguia expressar em sua voz e isso o deixava ainda mais irritado.

Angel: A Annie ainda está do mesmo jeito e a bebê você vai poder ver assim que se sentir bem.

Poncho: Ela está viva? Me fala a verdade, a médica disse que ela estava muito mal – Voltou a chorar. Angelique e Valéria se olharam sem saber o que dizer.

Valéria: Está sim filho, mas se você não se acalmar não vai conseguir ir ver ela e nem a Annie. – Ela segurou na mão do filho e acariciou seus cabelos – Eu sei que não é fácil, mas se ficar sem se alimentar e sem descansar, vai ficar preso neste quarto e longe delas. Para de ser teimoso e se cuida também!

Ele não disse nada, apenas abraçou a mãe e chorou outra vez.

Angel: Eu vou avisar a enfermeira que ele acordou, ela disse que trariam algo para ele comer. – Saiu do quarto e Poncho se separou do abraço, olhando para a mãe.

Poncho: Eu não posso perder outra filha, mãe, eu não tenho forças para isso. A Annie também não está nada bem, se a Bia não resistir, ela também não vai aguentar. O que vai ser de mim, mãe? Eu estou perdendo a família que amo e demorei tanto para ter – Dizia desesperado, o que deixava o coração de Valéria despedaçado. – Eu não consigo comer, eu não quero nada, eu só quero que elas fiquem bem e voltem para casa comigo!

Valéria: Meu amor, eu sei que dói, mas você é forte e vai conseguir sim, pensa que é por elas também que você precisa reagir.

Poncho ficou em silêncio abraçado à sua mãe, tentando buscar forças. Alguns minutos depois, Angelique voltou com uma bandeja, que tinha um sanduíche, suco e salada de frutas.

Angel: Já consegui pelo caminho, assim você vai conseguir ir logo ver sua princesinha. -Sorriu e entregou a bandeja para ele.

Valéria: Come um pouco, filho, aí você vai lá ver sua filha.

Poncho respirou fundo, encarou a bandeja e pegou o suco, tomando um gole que sentiu descer como se fosse ácido, queimando sua garganta. Estava sem apetite algum, mas faria todo esforço por suas meninas.

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Os amigos conversavam na sala de espera, Helena e Rogério tinham acabado de chegar após falar com a médica que estava cuidando de Anna Beatriz.

Maite: Ela tem que sobreviver. – Disse chorando, abraçada a Derrick, após ouvir Helena falar sobre a situação de sua neta.

Helena: A médica disse que precisamos estar preparados – Chorava também – A Annie também, ainda não está fora de risco... Só pode ser um pesadelo! -Abraçou o marido, que também tinha lágrimas nos olhos.

Chris: Elas vão ficar bem, temos que ter fé.

Anna Clara chegou, acompanhada de Dulce e Ucker.

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora