Cap. 18 - Decisões

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Dulce: Alô?

Annie: Oi Dul!

Dulce: Oi Barbie! Estamos te esperando aqui... Cheguei mais cedo para tomar café com meus pais, se quiser vou te buscar, aí fofocamos um pouco.

Annie: Não Dul... Liguei para te avisar que não vou.

Dulce: Como assim não vem? -perguntou, incrédula.

Annie: Acho que é melhor... Por favor, não me pergunta nada. Espera os meninos e a Mai chegarem e fala para eles que depois explico... Hoje o que posso te dizer é que não tenho como agradecer a oportunidade que me deram. Mas eu estou tentando fazer o que é melhor para mim...

Dulce: Como assim? Não vai cantar com a gente? – questionou, decepcionada.

Annie: Acho que não Dul... Me desculpa!

Dulce: Claro que não desculpo! Por que isso? Achei que estava gostando!

Annie: Prometo que depois te explico... Mas não me sinto preparada pra conversar sobre isso agora. Te Love! Beijos!

Dulce: Mas... - Annie já tinha desligado. Dulce não podia acreditar no que ouviu. Estava cheia de esperança de que cantar faria Annie melhorar, o contato com as pessoas e a música poderiam fazê-la feliz, mas havia se enganado... Aquela era a grande chance de ajudar sua amiga e esta falhara...

Annie desligou o celular e abriu um belo sorriso, que se contrastava com o tom de tristeza usado para falar com Dulce ao telefone. A manhã estava linda, o céu azul como seus olhos e o sol brilhava da cor de seus cabelos quando ainda eram loiros... Ela estava segura, como há tempo não se sentia. Sabia que aquele dia poderia marcar sua vida para sempre e surpreendentemente não estava com medo das conseqüências de seus atos, uma vez que tinha as pessoas mais importantes de sua vida ao seu lado. Exceto certa pessoa que ela também amava muito, mas no momento não merecia o valor que lhe dera. Fora isso nada a impedia de sorrir.

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Dulce esperou que todos chegassem para avisar que Annie não ia. Pedro ficou completamente decepcionado, achava que Annie aceitaria a proposta e estava apostando nisso.

Pedro: Mas ela disse mesmo que não vai aceitar, filha?

Dulce: Disse, pai... Falou que depois explicava direito... Eu não entendi nada! -falou, chateada.

Poncho: Eu entendi! A Anahí foge de tudo que possa cobrar dela mais do que ela quer fazer... Não ia aguentar os ensaios, não aguentou nem os do ballet... Imagina fazendo show! Acho que foi melhor assim mesmo... -disse, seguro.

Ucker: Claro que não! Não fala besteira!

Maite: Poncho, se eu fosse você pensaria melhor antes de falar. Você é muito mais irresponsável que a Annie, ela sempre faz o melhor que pode e você sabe muito bem disso! Não sei por que essa implicância toda, ou talvez até saiba, mas ela não veio para o Brasil por causa de ensaios. Veio porque realmente não está bem, e se não aguentasse o ritmo não teria ficado cinco anos lá...

Dulce: Talvez se você a tivesse tratado um pouquinho melhor ela tivesse aceitado... -falou para Poncho.

Poncho: Ah claro, agora o culpado sou eu! Não tenho culpa se ela é fraca e não se sente capaz. Aliás, ela não é mais como antes, e quando você disse que ela aguentava o ritmo dos ensaios numa boa era porque antes conseguia... A antiga Anahí conseguia isso, não essa Anahí deprimida que veio para o Brasil... – Acusou.

Dulce abriu a boca para retrucar, mas alguém abriu a porta e ela olhou, assim como os outros.

Annie entrava sorridente e eles olhavam surpresos.

Primer Amor - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora