Capítulo 49

14 1 0
                                    

Ramon falou que precisavam ir logo, perguntou se a Rebeca podia ficar com a Alessandra, porque o Levi ia precisar ir com elas, pra dirigir, ela falou que queria ir, não pra ficar com a Kim, mais sim pra fazer as coisas dela, disse que podia ir dirigindo, em menos de meia hora se prepararam pra irem embora.

Eles estavam saindo de dentro da casa comendo os bolinhos de chuva, o Levi ficou segurando o Ben, para dentro tentando o manter entretido e ele estava quieto prestando atenção no movimento, quando viu que todos saíram, correu para o quarto, voltou com dois carrinhos e quis sair no quintal, começou chorar muito encostado no portãozinho da porta, o Ramon falou que era para abrir e deixá-lo sair, ele estava perto do carro em pé, ficou esperando o Ben, assim que foi solto ele parou de chorar, ignorou o pai, passou reto, foi caminhando até o carro da Rebeca, parou ao lado, se sentou e colocou um carrinho apenas no chão, ela abriu a porta desceu, se abaixou falando para o Ben que ia sair e que não ia mais brincar, disse que não podia ficar, ele continuou sem esboçar reação alguma, ela falou esticando a mão pra ele

- Vem, você vai ficar com a sua vovó e com o tio Levi.

- Esse carinho é pra mim?

- Eu posso levar?

- Sabia que azul é a minha cor favorita?

Ele levantou segurou na mão dela, foi andando quietinho, ela falou na porta deixando ele ao lado do Levi e da Alessandra

- Eu vou mais eu volto, e vou levar o carrinho, tudo bem pequeno?

- Você vai ficar e não precisa chorar!

- Vai lá assistir o desenho do pato!

Ele ficou só com um carrinho, foi sentar no tapete, ela disse rindo para os dois

- Eu nem sei falar com criança, nem cuidar de criança, ele deve me achar r.e.t.a.r.d.a.d.a. quando eu era mais nova faziam bullying comigo dizendo que eu era, talvez tivessem razão. Tchau!

Alessandra deu risada se despediu de novo, todos estavam nos carros esperando, ao passar pelo Ramon ela falou irônica mostrando o carrinho

- Pelo menos realizei um sonho, ter um carro azul.

Ramon deu risada, foi buscar o Ayres, Iolanda, Estela e a bebê, no carro da Rebeca foram Kiara, o bebê, Kim e Toni, a Kiara estava no banco de trás, falando sobre a Estela, disse que estava ansiosa pra ver ela e imaginando como seria a relação delas três, a Kim falou que ia precisar ser boa, porque eram família, a Rebeca riu irônica debochando, a Kim falou

- Quer falar alguma coisa? A gente não sabia, eu já te disse isso.

Ela disse afrontosa

- E quem acredita em vocês? Eu não!

- Por dinheiro, não duvido de nada.

Kiara falou

- Nem foi por dinheiro, é muito mais complicado, eu imagino que ela deve estar revoltada porque cresceu como empregada e perdeu muitas oportunidades da vida, por causa das condições e da mãe dela.

Rebeca respondeu

- Somos duas então, mais eu trocaria tudo pra voltar ter a minha vida de antes e pouco me importa ter mãe.

Kim foi pegar na mão dela, fazer carinho, ela tirou e falou séria

- Não encosta em mim!

Ela disse chateada que a audiência estava muito perto e que iriam decidir sobre a exumação, a Rebeca falou que tudo aquilo devia parar, retirar o processo todo, a Kim começou falar que já não dava, até porque ela foi intimada também e ia precisar fazer DNA até com a mãe.

Rebeca ficou praticamente quieta a viagem toda, o Toni já estava sabendo da novidade, começou contar para a Rebeca toda a história que inventaram pra ele, sobre a Estela ser tia dele e de verdade, não adotada como ele seria irmão do bebê.

Ela só conversou com ele o respondendo gentilmente, ao chegarem na fazenda dos pais do Noah, a Rebeca disse que não queria nem entrar, a Kim falou

- E pra onde você vai? Não pode ficar sozinha em casa.

- Tá com as chaves de lá?

Ela disse que ia ver o Tato, ficar com ele, a Kim mandou o Toni descer, falou séria assim que ele se afastou

- De verdade, eu já não sei mais o que fazer com você, olha pra mim e me fala, tudo o que quer, como se sente, chega de se fechar e fugir, você tem que pôr tudo pra fora.

- Fazem meses que você só me trata assim, sempre hostil, com ira, eu te amo e não vou me afastar com suas b.i.r.r.a.s.

Ela desceu do carro ignorando, foi pegando as coisas delas, bolsas, malas, a Kiara estava saindo do carro, tirando o bebê conforto, desesperada ouvindo, com medo da Rebeca falar sobre ela e o Noah, a Kim estava em pé, continuou falando

- Então se você me o.d.e.i.a e me quer fora da sua vida, de uma vez por todas, fale olhando nos meus olhos.

- Anda vai em frente! É isso que você quer?

Rebeca ignorou e ia entrar no carro, a Kim entrou na frente da porta, falou para a Kiara

- Saia daqui, pode entrar.

Ela tentou apaziguar, disse que não era bom ficar passando estresse, por causa do bebê, a Eleonora se aproximou perguntou o que estava acontecendo, a Rebeca falou séria encarando ela

- Eu quero ir embora e ela não quer deixar, nós bem sabemos que não sou bem vinda aqui e eu não quero te faltar com respeito na sua própria casa, então dona Eleonora, não vem me encher o saco!

Os outros estavam chegando, o Noah também, a Eleonora perdeu até às palavras, foi indo perto do carro receber os outros, a Kiara foi também, a Rebeca falou baixinho encarando a Kim nos olhos, quase chorando

- Oque mais você quer de mim?

- Quer que eu m.o.r.r.a por você?

Ela respondeu chorando, saindo da frente

- Quero que você viva, por mim, pode não acreditar mais eu te amo como se fosse parte de mim, igual os meus filhos.

- Eu tô cansada de tudo também, acha que eu gosto de ser enganada por todos? Viver com medo? Escondida?

- Você não tá bem e eu tenho medo, muito.

- Eu me pergunto todos os dias que te vejo, se você poderia me amar, perdoar, aceitar ser cuidada e protegida, sufocada que seja, eu sou difícil, sei disso.

- Mais estamos ligadas e se você não acredita, segure a minha mão, sinta!

- Não é assim que funciona?

Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora