Capítulo 91

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Ele estava quase chorando, ela foi sentar com a Helena, falou próxima enxugando as lágrimas dela

- Ele está nervoso, mais vai ver tudo com clareza depois, você sabe que foi um acidente, tá tudo bem.

Ele se aproximou, abaixou na frente da Helena, falou que queria conversar, ela balançou a cabeça que não chorando, ele se sentou ao lado, ficou quieto, o Apolo estava chegando com a Eloá, quando a Rebeca viu eles, mudou a expressão para melhor e se levantou de imediato, sorriu e aquilo chamou atenção dos dois que estavam ao seu lado, só que acharam que ela estava sorrindo " apaixonada " para o Apolo e não era.

Ao ver a Helena acompanhada, ele foi saindo, a Rebeca foi atrás dos dois, lá fora onde não podiam vê-los, ela abraçou a Eloá forte, que deu um selinho discreto, os três foram conversar sentados em um banco, a Eloá logo falou carinhosa acariciando o cabelo dela

- Vou passar a noite com você, não importa onde. Mais essa friagem, você não trouxe blusa? Já jantou?

Ela disse que não para ambas perguntas, o Apolo falou que podia ir buscar, blusa e comida, ela respondeu

- Deixa a Sol voltar pra eu ver oque vou fazer. Qualquer coisa, vou só me trocar e comer, o médico vai falar com a gente agora a noite também.

Os três ficaram conversando, pensando no futuro delas duas, Sablina e Solange, já que a mãe não parecia querer a Sablina em casa de volta. O Ramon e a Helena ficaram quietos sentados lá dentro.

A Solange ficou pronta, colocou um conjunto de moletom confortável que era da Rebeca e tênis, jantou e conversou com o Tato sobre a bondade da Rebeca, ele falou que faria qualquer coisa por ela sempre, porque ela merecia e era a melhor amiga dele. Quando o Dylan chegou de volta, eles estavam esperando na porta, o Tato elogiou ele, disse era bonito e muito educado, um bom partido, ela respondeu

- É, pra mulheres como ele né. Tá aí uma coisa que não me ilude. Homem bonito, educado, rico, nem nos meus melhores dias ou nos meus sonhos eu ia achar, que tenho chance com alguém assim, ainda mais grávida. Vou lá. Tchau!

Ele disse com deboche

- Sonhar não paga imposto tá? Conversa comigo pelo celular da Rebeca. Me dá notícias!

Ela foi até a calçada, o Dylan desceu para abrir a porta, ajudou ela subir, perguntou se tinha comido, como estava se sentindo, ela disse sem jeito

- Eu comi sim, tô com dor de cabeça, preocupada. Você acha que ela vai ficar em coma, muito tempo?

Ele disse que com certeza não, que um dos motivos, foi ela não poder se comunicar, e a lembrou de que o médico ia falar com eles a noite, ela respondeu sentida

- Eu vou orar muito por ela, e quando acordar, vou continuar. Minha irmã não é como a gente, ela não sabe conviver com outras pessoas, tem medo de sair na rua e eu não sei nem como ela foi parar lá, a anos ela não sai pra lugar nenhum.

- A culpa é minha, eu tô sem celular desde que sai de casa, se ela tentou fazer contato, não conseguiu, eu não devia ter saído de casa. Agora minha mãe não vai querer a Sablina de volta também.

Ele respondeu sensibilizado a dor dela

- Sol, não é culpa sua, nada disso. Sua irmã vai ficar bem e vocês duas vão ficar juntas. Tenta pensar no agora e na recuperação dela, não fica ansiosa pelo amanhã, não faz bem a você e ao bebê.

Ela falou irônica quase chorando

- Eu não posso me dar ao luxo de viver um dia de cada vez, sem pensar no amanhã, eu não tenho segurança nenhuma de nada, já tô morando de favor na Rebeca, tudo tem limites e estar lá, já passa de muitos.

Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora