Capítulo 155

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O Célio sabia que ela podia ajudar e também não acreditava que ela podia ter feito aquilo, se aproximou do superior do Neto

- Deixa ela, pode deixar. Ela não vai fugir do hospital. Por favor!

O homem fez sinal que era pra soltar, o policial a empurrou sutilmente com ra.iva, mandou a Eloá acompanhar eles, assim que se afastaram e entraram na área fechada do hospital, a Eloá falou baixinho

- Se você contar, vai acabar com a minha vida, eu sei que não fez nada, mais eu vou perder tudo, posso perder meu filho e ir presa.

- Acho que alguém de dentro fez isso, eu não sei em quem posso confiar! Vou tentar te ajudar, só espera .

Ela disse que não ia falar nada, o Célio estava conversando com a enfermeira, a Eloá revistou a Rebeca e ela foi se limpar para entrar, ele falou que era só um pouco, que ele era forte e ia se recuperar rápido, ele estava super preocupado, se referiu a ajuda que ela ia dar.

Ela não conseguia parar de chorar, logo entrou e ficaram a sós, ele estava em coma, todo machucado com queimaduras escoriações, o policial ficou na porta olhando fixamente o tempo todo, ela puxou uma cadeira, sentou ao lado da cama segurando a mão dele

- Porque você foi, acha que eu iria me entregar por medo? Aí Neto oque aconteceu?

- É tudo culpa minha, eu não devia nunca ter saído da nossa vida. Se você soubesse da metade de tudo, iria me perdoar.

- Nunca fui como você, eu sou diferente, crescer ao seu lado foi a melhor parte da minha vida e tirando o último ano, eu era muito feliz e não sabia.

- Eu vou te ajudar tá bom, nem que seja a última coisa que eu faça, sinto tanta falta da sua amizade, tem sido uma longa jornada, eu tô cansada.

- Quando eu era pequena e fui morar lá, meu pai me ensinou que eu era especial, se tocasse as pessoas doentes, iria tirar delas e pegar pra mim, parece coisa de filme, você ia adorar falar disso.

- Mais era segredo, eu achava que minha mãe morava longe, pra me proteger, já que é hereditário e passa para o primeiro filho, seu pai disse que sua mãe era igual, somos primos de grau, sou a prima pobre e você o rico, imagino várias piadas sobre isso, uma pena é você não poder rir.

- Sua mãe teve um bebê antes de você e aí ela se tornou normal. Talvez morreu doente de tanto ajudar os outros!

- Meu pai dizia que íamos nos mudar, pedia pra eu não encostar em ninguém, cresci com medo e com certeza já te ajudei na infância, sorte minha você ter sido saudável, já que vivíamos grudados.

- Quando eu estava com dezessete tudo começou mudar, eu queria a minha mãe, uma vida diferente, mais liberdade, tiveram medo de nós dois namorando e nos afastaram.

- Eu achava que engravidando teria uma vida normal e você ao meu lado, por isso quis tanto que a nossa primeira vez acontecesse, minha vida toda foi uma mentira.

- Quando conheci o Noah nem tinha essa ma.ldade que te dava tanto ciúmes, eu não tinha nem a metade da sua ma.lí.cia, só gostei de ser tocada por você e confiei, ninguém nunca me deu carinho antes.

- Fiz amizade com a Aysha e ajudei ela uma vez, eu nunca tinha curado ninguém, fiquei com anemia por isso, não soube dosar o quanto ia pegar pra mim.

- Uma noite quando você estava viajando, eu saí escondida e fui nas corridas, era o único lugar que eu me sentia bem, encontrei o Noah e discutimos, eu queria ajuda dinheiro emprestado, pra fugir de casa, porque meu pai queria mudar e ia me mandar embora sozinha.

- O Noah é irritante, sempre foi, por estar ligada com a Aysha, fiquei com birra dele e fui embora andando com ra.iva, quando estava chegando em casa, ele apareceu fugindo de carro, me escondi, vi tudo de longe, bateram nele e o deixaram lá pra morrer, eu não podia ser indiferente, não consigo, fui lá e o salvei, ele não estava conseguindo ver nada, melhorou quando o toquei, trouxe ele aqui no hospital e deixei sozinho.

Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora