Capítulo 16

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Ele foi logo atrás, pulou todo preocupado com ela, estavam próximos na água, foram saindo do rio com dificuldade, tossindo escorregando no barro, tiveram que correr mais um pouco pela mata, ele falou que tinha pensado naquilo, foi guiando ela pelo escuro, meia hora depois chegaram na estrada, ele disse que já estavam chegando, ela sorriu, falou cansada com espanto

- Na sua casa? Nossa!

Ele disse irônico

- Tá feliz de ir na minha casa?

- Vamos ter que pular o portão.

- Acho que perdi as chaves!

Ela disse que estava tão elétrica que pularia até uma muralha, só pra parar de correr, ele havia deixado o cadeado simplesmente encostado, foram entrando, ele falou que estava ficando lá na antiga casa, o carro dele estava lá, ele pegou a chave da porta no meio do jardim, assim que entraram na sala, ela foi tirando os sapatos, sentou na escada exausta nervosa começou chorar sentida, o cachorro dele estava lá, correu até os dois, foi lamber ela, o Noah tirou a camiseta olhando os machucados dele, se aproximou dela, tirou sua blusa, falou próximo ajoelhado na sua frente

- Eiii fica calma, já passou.

- Tô muito orgulhoso de você, maluca!

Ela falou que ele podia ter morrido, ele disse levantando a blusinha dela para tirar

- Mais eu não morri, você tá sentindo dor?

- Tá machucada, olha!

Ela ficou de sutiã disse que estava com o corpo todo doendo, tinha arranhões nos braços, na barriga e costas, ele a pegou no colo e subiu, foi para o quarto que era dele antigamente, entrou no banheiro colocou ela sentada na pia, ligou o chuveiro, ela falou levantando chegando perto dele

- Você tá sangrando, deixa eu ver!

- Precisamos pegar a bolsa.

Ele se queixou de dor quando ela colocou a mão e a afastou, disse que não precisava de ajuda, que já tinha deixado ela machucada o suficiente, ela voltou se aproximar, abraçou ele, falou que nem estava acreditando que aquilo tudo aconteceu, ele respondeu correspondendo

- É, somos dois, queriam pegar a mercadoria.

- Não dá pra confiar em ninguém nesse meio, eu nem quero pensar nisso, se estivesse sozinho não ia ficar aqui, já ia atrás resolver!

-  Vai lá tomar banho, se não você vai ficar doente.

Ela estava pensando nele, relembrando a noite anterior, que foi muito boa, se concentrando em ajudar com a dor, ele suspeitou, foi se afastando

- Tá fazendo aquilo?

Ela disse que não, ele respondeu abrindo a calça dela

- Você tá gelada com a boca roxa de frio.

Ela ficou quieta foi tirando a calça e as meias, apoiada nele, só de lingerie se aproximou cabisbaixa puxando a calça dele para baixo, ele foi tirando tudo, ficou só de cueca, a porta do banheiro já estava fechada e o vapor da água quente embaçando o espelho, sem dizer nada ela o pegou pela mão foi entrando no box, o chuveiro era forte e grande, o jato de água doeu um pouco nos arranhões ela falou " aiiii ", ele a abraçou por trás carinhoso, ficaram em silêncio sentindo a água cair, por um tempo, ela estava olhando as folhinhas os matinhos e terra descendo pelo ralo, falou o nome dele baixinho, ele estava com a cabeça bem longe preocupado, respondeu segurando as mãos dela dela abraçado por trás ainda

- Oi, quer que eu saia? Tudo bem?

Ela respondeu se virando de frente para ele abraçada

- Tive medo, de perder você.

Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora