Capítulo 167

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A Alyssa falou com espanto

- Quando isso aconteceu? Eu sinto muito que tenha passado por isso sozinha, pra nós isso é muito diferente. Você está bem querida?

Ela respondeu um pouco sentida mostrando fotos dos exames e laudos médicos

- É, eu estou bem, o Pablo cuida de mim, me deu todo o apoio que precisei, a gente estava meio largado, mais voltamos depois do que aconteceu, fazem dois meses, estava completamente sozinha em um hospital, depois de passar a noite na delegacia dando explicações do que eu não fiz.

- Saiba que em momento algum, pensei em te chamar! Não vejo verdade em vocês, tudo sempre tem mentiras, eu só queria a verdade que meu pai nunca teve a coragem de me dar.

A Alyssa ia responder, o Teodoro impediu

- Deixa deixa, ela tem razão. E não adianta ficar se explicando agora, ela não se importa conosco, a única referência afetiva dela a criou com mentiras, se ele falasse qualquer coisa, ela iria acreditar, mais não importa o quanto a gente se esforce, ela não consegue confiar, ainda mais quando a verdade dói, porque o Antônio não era quem dizia ser.

- Não quero te pressionar ou te afastar de nós, foram muitos anos atrás de você, a cabeça de sua mãe não é a mesma a muito tempo, existem dias e dias, podemos ter nossos defeitos como casal, mais somos de verdade, só o tempo vai te mostrar isso.

- Agora, que essa fatalidade aconteceu, não precisa mais fugir, aqui é a sua casa, somos sua família você goste ou não.

- O Antônio só conseguiu se afastar, por você, não gosto do que ele fez, mas fico reconfortado em saber que te criou como filha.

Eles três estavam praticamente chorando, ela disse que ia caçar, se afastou foi sentar com eles, o Oto falou sentido

- Porque eles estão brigando com você? Não fica triste!

- Eles sempre brigam comigo também e a mãe, ela é doe.nte, fala coisas ru.ins quando fica tris.te, aqueles remédios deixam ela diferente, mais é pro bem dela, eu não gosto muito disso.

- Meu pai disse que ela vai melhorar porque você voltou, a tris.teza deixou ela assim.

Ela disse que não estavam brigando, perguntou que tipo de coisas a Alyssa falava, ele respondeu bem tranquilo

- Ela não gosta de eu ser diferente, disse que a culpa é dela, mais eu sei que não é.

- Sabia que alguns animais matam os filhotes fracos doe.ntes?

- Com certeza eu estaria morto se fosse um.

- As vezes ela não consegue ficar perto de mim, quando tenho d.or, convulsão, você não vai querer ver isso, ninguém quer mesmo, até faço xixi na roupa as vezes, eu não quero usar fraldas, minha vida já é bem difícil e chata.

Ela falou sem jeito

- Não fala assim, poderia ser pior, eu também sempre me achei fraca doe.nte, idai. Você quer saber um segredo? Mais não pode rir!

Ele disse que sim, ela falou que nunca teve celular, até fazer dezoito anos, ele começou rir, duvidando, ela o empurrou não muito forte, o fez cair no gramado, respondeu fazendo cócegas

- Eu sempre quis um irmão pra judiar e você não anda, como vai fugir? Vou virar sua cuidadora, pode deixar! Uns beli.scões, quero ver não comer direito!

Ele adorava piadinhas bobas sobre si, até de humor negro, começou rir muito, de longe os pais estavam olhando admirando, o Teodoro falou que era melhor deixar ela a vontade, que no tempo dela iria aceitar ouvir melhor, depois se tivesse interesse falar de herança e fazer DNA.

Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora