Paraíso oculto ( CONCLUÍDO )

Capítulo 160

Ela respondeu irônica saindo do carro

" Mais eu não vim dormir Pablo Henrique "

" Cadê você? "

" Não vou morrer hoje não né ? "

Ele disse que com certeza não, em segundos se acenderam luzes fazendo uma trilha pelo deck, até um iate, ele estava lá logo no começo esperando com um buquê em formato de coração nas mãos, ela ficou rindo encantada, foi até ele muito surpresa, pegou o buquê, o beijou sutilmente, se abraçaram forte, ele falou que iam demorar pra voltar, ajudou ela subir, pegou uma blusa dele e vestiu nela, tudo estava decorado com rosas, muitas pétalas espalhadas, ele a colocou deitada, tinha até travesseiro, ela perguntou pra onde iriam, ele tirou os tênis dela, começou enrolar ela ajeitando o cobertor, falou com um sorrisinho bobo

- A gente até poderia fazer isso de dia, mais eu queria a noite, se quiser posso te servir aquele suco de laranja azedo que você adora, chocolate e já vou avisando comprei vários, branco, preto, amargo, aquele de paçoca, também tem sopa, foi bem estranho pedir pra fazerem, mais é lógico que sabiam pra quem era e fizeram com muita boa vontade.

- Tem que ficar aquecida né bebê? Tá confortável? Tudo bem?

Ela sorriu o beijou sutilmente várias vezes no rosto canto da boca

- Tudo sim, o médico falou que não posso tomar friagem. É sopa do que?

Ele pediu pra adivinhar, ela perguntou se era de feijão, a preferida dela, ele disse que sim, foi pegar e serviu quente, ficou próximo fazendo carinho, tinha um funcionário junto comandando o iate.

Ela comeu com um sorriso bobo, ficaram deitados juntos olhando as estrelas, ela adormeceu rápido, quando chegaram em uma ilha, ele a acordou com beijos no rosto, disse que ela podia ir deitar na cama, ela perguntou sonolenta a onde estavam, que horas era, ele respondeu ainda deitado, ela se sentou perguntou se podia ver o sol nascer lá ou se tinha que descer, ele respondeu a cobrindo melhor

- Não tem que fazer nada, que não queira, é você que manda em tudo. Gosta do sol né? Lagartinha!

Ela encostou nele, disse que adorava lagartear, ficaram no iate esperando o sol nascer, ela disse que não queria ir embora, ele respondeu afetuoso

- Então não vamos, eu trouxe remédios pra você, absorventes, bolsa térmica pra cólica, um monte de coisas.

- Vi uns vídeos na internet, sobre perder o bebê, queria estar com você e isso é algo que tá mexendo muito comigo, errei duas vezes com você e me arrependo muito.

- Pode me falar qualquer coisa tá, eu tô do seu lado pra te ouvir, se também quiser só não falar e fingir que não aconteceu, eu entendo.

- Não quero transferir minhas frustrações pra você, fui pego de surpresa e não sei como agir!

Ela ficou sentida

- Tá bom, eu também me sinto frustrada, mais eu tô bem, emocionalmente falando, só não sei porque não paro de imaginar um filho, sendo que não sei ser mãe, desculpa eu não sei o que falar.

Ele disse surpreso que era só falar oque sentisse ou quisesse, ela respondeu confusa

- É que eu me sinto culpada porque sinceramente senti um alívio com oque aconteceu, mais me dói imaginar o futuro que teríamos, seríamos uma família, e aí eu sinto que queria ao mesmo tempo, estar livre, bate a culpa por ter pensado que seria melhor o perder. Desculpa! Acho melhor não falar disso.

Ele disse que não tinha porque se desculpar, que no momento certo, ela ia querer aquilo de novo, com certeza seria uma mãe incrível, confessou que imaginou como seria, loiro ou ruiva, olhos claros, temperamento difícil ou extremamente dócil, ela disse que gostava de imaginar, conversaram sobre filhos e as possibilidades, ele disse que queria uma menina um dia, pra cuidar dele, ser forte como ela.