A emboscada

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Lucas

O fim do cartel Ferraz estava cada dia mais próximo, mesmo que a vadia da Amanda não tenha conseguido fugir,  seu espetáculo causou um alvoroço, Conrado com certeza iria se vingar de Mateo e ele poderia ser minha carta na manga.

Eu não podia mais ficar aqui, assim que ela contasse que deixei a porta aberta, Mateo ligaria os pontos e confirmaria que sou o traidor. Arrumei minhas malas depressa e saí da boate sem olhar para trás, retirei meu celular do bolso e liguei para Raul:

- Sim Lucas, ela conseguiu fugir?

- Infelizmente não, mas as coisas saíram melhores do que eu planejei.

- Como assim?

- Não tenho tempo para explicar agora. Só digo que o cartel Ferraz vai ser disseminado.

- Mas e minha filha? A quero junto de mim.

- Vamos salvá-la, mas antes quero presenciar a ruína de Mateo.

- Tudo bem, assim que chegar nos falamos melhor.

- Claro. - disse desligando o telefone.

Aquele velho babaca não perde por esperar, assim que o Ferraz for destruído o próximo  será ele. Dirigi meu carro rumo a propriedade de Conrado, a surra que ele levou foi uma ótima desculpa para lhe oferecer aliança. Eu tinha um plano.

Adentrei a sala da enorme casa e fiquei admirado em como a mansão era luxuosa, assim que me viu  cerrou os punhos e direcionou sua raiva a mim, seu rosto estava inchado devido a surra.

- Se veio em nome do filho da puta do Ferraz, pode ir embora. - esbravejou.

- Na verdade, vim em meu nome, quero  te fazer uma proposta para destruirmos o Mateo, receio que queira vingança pelo estrago que deixou em seu rosto.

- Vou matar o desgraçado e aquela puta que ele come.

- Calma amigo, sente- se vamos conversar.

- Pensei que fosse o capanga de confiança dele. - ele perguntou.

- Tudo não passou de uma armação para destruí-lo. Sou Lucas Matarazzo, herdeiro único do império Matarazzo. Quero destruir Mateo tanto quanto você e tomar aquela puta dele. Quando a toma-la como minha, prometo que dividir com os amigos, não sou egoísta .

Vi o sorriso de Conrado se formando em seus lábios, não sei se pela vingança ou pelo desejo de ter Amanda em seus braços. Ele me olhou com curiosidade e me incentivou.

- Continue senhor Matarazzo.

- Quero que ligue para ele e retome a aliança.

- O que? Você está doido? - ele gritou.

- Sei que seu orgulho está ferido mas confie em mim. Diga que você irá oferecer a carga, mas que tem uma condição. Mateo tem que buscá-la pessoalmente. Ele com toda certeza pensará que é uma armadilha, mas está tão ferrado que aceitará. Tenho absoluta convicção disso.

- Entendo, mas qual o próximo passo.

- Armarei um esquema onde a polícia vai detê-lo. Tenho aliados na organização, nada que alguns milhões não resolva. Queria muito matar o desgraçado, mas quero que ele presencie minha vitória primeiro. - gargalhei. - o que me diz Conrado? Temos um acordo?

- Se eu aceitar, o que ganho com isso ?

- Sua vingança, a vadia da Amanda e minha proteção. Te digo que é melhor me ter como amigo do que como inimigo. - ameacei.

Notei que ele avaliava a oferta, seus olhos transmitiam ódio, puxou o ar com força e me estendeu a mão antes de dizer:

- Tudo bem então, temos um acordo Lucas.

Apertei com firmeza sua mão pálida  selando o acordo, a lei suprema dos cartéis era que os apertos de mãos valiam muito mais que documentos. Caminhei rumo a porta de saída quando Conrado gritou.

- Eu quero aquela puta para mim. - e sorriu.

Eu ri de volta, mal sabia ele que Amanda seria só minha e de mais ninguém.




Boa noite meus queridos leitores, agradeço imensamente que estejam aqui acompanhando meu trabalho

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Boa noite meus queridos leitores, agradeço imensamente que estejam aqui acompanhando meu trabalho.

Em comemoração ao 1k de leituras no noveltoon vou soltar um capítulo extra para vocês.

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