Mateo
Me sentia extremamente estressado, o uísque não surtira efeito nenhum, minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, nem embriagado eu fiquei, a bebida só me deu mais calor e ódio. Meu corpo suava, eu precisava de uma droga mais forte que álcool para me acalmar, peguei um cigarro na gaveta e o acendi, retirei minha blusa e me aproximei da janela, o vento frio me acolheu como um abraço, traguei meu cigarro sentindo a nicotina me consumir, a tempos eu não fumava, fechei os olhos tentando absorver toda a merda que aconteceu nesse maldito dia.
Reorganizei meus pensamentos com um pouco de dificuldade, quando ia pegar outro cigarro notei que um veículo estava parado na porta da boate, parecia que alguém me observava. Os vidros fumês e a distância me impediram de ver quem era, resolvi analisar de perto, desci as escadas correndo, assim que saí meu coração disparou, Amanda estava de pé fora do carro. O que ela fazia aqui? O espetáculo no hotel não tinha sido suficiente? Talvez agora ela iria matar meu corpo, já que minha alma ela ja havia destruído. Aproveitei-me que se encontrava de costas e a prendi com o rosto colado na lataria do conversível.
- O que faz aqui sua desgraçada? - perguntei com raiva.
Não sei se foi boa ideia colocá-la daquele jeito, meu corpo a reconheceu de imediato e enrijeceu instantaneamente. Eu era uma bola de hormônios pronto para explodir. Notei que Amanda se debatia abaixo de mim e aquilo só me excitava mais.
- Se me disser porque está aqui talvez eu tenha piedade de você e te mate devagar. Não ficou satisfeita com o que fez hoje? Eu ainda fui covarde e poupei sua vida. Veio aqui achando que pisaria em mim de novo e sairia viva novamente? - gritei.
- Eu só queria te ver. - ela disse chorando.
Suas palavras amoleceram meu coração, mas eu não ia ser idiota em acreditar nelas mais uma vez. A puxei com brutalidade e a colei frente a frente com meu corpo, notei que seu lindo rosto estava ferido e que seus olhos transmitiam uma tristeza inexplicável.
- O filho da puta do Lucas te bateu?
- Não.
- O que houve com seu rosto. - abaixei a guarda acariciando sua face com carinho.
- Um homem tentou me estuprar e eu o matei. Agi no impulso, foi legítima defesa, mas só vejo sangue em minhas mãos mesmo que elas estejam limpas agora. Sou uma assassina, uma maldita Gonzalez. - ela respondeu soluçando .
Não consegui manter a pose de durão, a abracei com amor a consolando, senti-la em meus braços mais uma vez foi inexplicável, sem pensar nas consequências dos meus próximos atos a beijei, ela retribuiu meu beijo, a dor que sentia em meu peito se dissipou assim que nossas línguas se encontraram.
Amanda tinha um gosto maravilhoso, capaz de curar qualquer doença. A sentei no capô do carro e continuei beijando seus lábios com fúria, desci minhas mãos por sua cintura e apertei sua bunda colando seu corpo ainda mais em meu peito nu. Ela pareceu gostar, pois soltou um gemido que me enlouqueceu.
- Não posso fazer isso, você é minha inimiga. - falei entre seus lábios.
- Esqueci isso essa noite, preciso sentir você em cada centímetro do meu corpo, apagar as imagens das últimas horas, esquecer o toque daquele desgraçado e me lembrar apenas do seu rosto quando eu for dormir. Amanhã retomamos a guerra, mas hoje quero ser sua.
Dentro de mim havia uma batalha interna entre a razão e o desejo, ela enlaçou meu cabelo em suas mãos e tomou minha boca novamente, nessa hora meu lado racional caiu por terra e o desejo carnal venceu a batalha.
- Estamos na rua, vamos subir. - falei com desejo.
Ela balançou a cabeça em concordância, a peguei em meu colo sem abandonar seu lábios, subi as escadas aos tropeços e entramos no loft escuro, a coloquei no chão com delicadeza, meu corpo clamava por ela, comecei a salpicar beijos por toda a extensão de seu pescoço, quando cheguei perto de seu ouvido sussurrei com malícia:
- Diga que me quer Amanda?
- Eu te quero, Mateo.
- Você é de quem?
- Sou sua, de corpo e alma, apenas sua.
Sorri rente ao seu pescoço e ela gemeu, chupei a pele morena do local deixando uma marca cravada ali.- Me odeio por te amar, deixei essa marca no seu pescoço pra quando o desgraçado te possuir ele ver que apesar de tudo você sempre volta pra mim.
Ela gemeu ainda mais com minhas palavras, eu não tinha pressa, queria tortura-la, continuei beijando seu corpo, assim que encontrei os seios os peguei em minhas mãos, eu tinha fome e ela era a minha comida preferida, Amanda gemia sem parar, desci minhas mãos e encontrei uma calcinha de renda, retirei sua calça e tive o vislumbre de sua bela bunda.
- Você é linda.
- Eu não aguento mais Mateo, preciso ter você dentro de mim.
- Calma meu anjo, o maldito do Lucas não consegue saciar sua fome? - provoquei.
Ela me fuzilou com os olhos, notei naquele instante que havia acabado com o clima.
- Eu nunca fui e nunca vou para cama com ele. - falou revoltada se recompondo. - vou embora, nem devia estar aqui.
- Você não vai sair daqui. - agarrei suavemente seu pulso - Não antes de ter o que deseja - tomei seus lábios novamente e retornei de onde havíamos parado.
Desci minhas mãos acariciando cada curva de seu belo corpo, quando abri suas pernas encontrei o fogo que eu queria, Amanda gemeu assim que a invadi com meu dedos. Ela se contorcia a cada investida minha, eu não aguentava mais.
Retirei minha calça e a possuí, nunca a tratava daquele jeito, mas o ódio me dominou e comecei a penetrá-la com mais força, agarrei seu cabelo em minhas mãos e os puxei, ela gemia alto me enchendo de prazer e luxúria, chegamos ao ápice juntos e nesse momento senti que nossas almas se reconectavam mais uma vez.

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Encontro Fatal
RomanceUma romancista falida começa a desacreditar do amor quando seus livros são um fracasso.Ela não se conforma que as pessoas prefiram noites vazias ao lado de qualquer um ao invés de lutarem por seus relacionamentos, mesmo tendo sofrido uma decepção am...