Uma romancista falida começa a desacreditar do amor quando seus livros são um fracasso.Ela não se conforma que as pessoas prefiram noites vazias ao lado de qualquer um ao invés de lutarem por seus relacionamentos, mesmo tendo sofrido uma decepção am...
O dia se seguiu tranquilo, apesar de tudo uma ansiedade me consumia, não sabia ao certo o motivo dessa tensão, peguei uma blusa social azul juntamente com meu terno branco, hoje eu precisava ser o alfa, o homem dominador, exalar confiança para conseguir novas alianças e me reerguer.
Desci as escadas da boate e fiquei feliz ao vê-la cheia, ela me rendia um bom dinheiro mas os lucros não eram suficientes para salvar o cartel, hoje era dia de leilão, olhei para o palco onde Patrícia se apresentava e a imagem de minha Amanda invadiu minha cabeça, tive que me esforçar para não demonstrar fraqueza, sentia falta dela, peguei um copo de uísque e o sorvi em um único gole, saí apressado sentindo o calor da bebida queimar meu peito, o Plaza Gutman não ficava tão longe, dirigi calmamente até o hotel,o lugar parecia mais um prostíbulo, haviam várias garotas semi nuas se esfregando nos homens poderosos, raramente os comandantes levavam suas esposas a essas reuniões, então eles se divertiam como bem quisessem.
Eu odiava esses eventos, mas não comparecer em um ainda mais na situação em que me encontrava só confirmaria minha falência. Caminhei até o bar e peguei uma bebida, uma puta se aproximou e eu a afastei, não fui ali pra isso. Hoje era o único dia que a paz reinava mesmo entre cartéis rivais, todos se portavam de forma civilizada, bebi mais um copo de uísque minhas mão suavam sem um motivo aparente, aguardava a chegada de Raul, na última vez que conversamos ele exigiu a presença de Amanda nesse evento, ele ficaria surpreso quando eu dissesse que a libertei, eu poderia mentir falando que a matei só pra ver o tristeza e raiva nos seus olhos. Mas se fizesse isso ele poderia invadir meu cartel e acabar com tudo, teria que agir de forma certa.
Continuei me embebedando, desde que Amanda partiu eu tentava tampar o buraco do meus peito com álcool, mas nem ele me fazia esquecer dela. De longe pude ver a careca de Conrado reluzindo com a luz do ambiente, o homem estava bem vestido em seu terno azul marinho, caminhei lentamente até ele, era melhor concluir o trato de uma vez mesmo sabendo que sua oferta poderia ser uma armadilha, mas eu não tinha escolha.
- Boa noite, é uma honra vê-lo aqui Conrado, como anda os negócios?
- Muito bem, ao contrário do seus, não é mesmo amigo? - ele provocou.
- Infelizmente sim, espero conseguir alianças para reerguer meu império, o nome Ferraz é conhecido e não são alguns contratempos que vão o destruir - retruquei.
- Fico feliz com sua determinação, veio até mim para selarmos o acordo? - ele quis saber.
- Sim, concordo com suas exigências e podemos fechar o negócio. Quanto antes eu concluir a entrega para os árabes melhor pra nós dois, eles estão impacientes.
- Imagino, não temos tempo a perder. - ele estendeu a mão para mim.
Não tinha escolha, apertei a mão gélida do meu sócio selando o acordo mais uma vez, um burburinho se instalou entre os homens do lugar, os olhos de todos foram levados para a porta, eu estava de costas e não pude ver o que chamava tanta atenção, notei que os olhos de Conrado quase saíram de órbita, com certeza era uma garota nova ou algo do tipo, não me interessei de imediato, mas todos olhavam a porta com descrença, me virei com relutância e meu coração bateu descompassado, encarei a mulher de vermelho que adentrava ao salão juntamente com o Lucas, meus pés foram levados instantaneamente até eles, eu tinha que ver de perto, meu cérebro não queria acreditar no que via, Amanda com meu pior inimigo? Não podia ser verdade, corri feito um louco em sua direção parando cara a cara com o amor da minha vida.
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Bom dia queridos leitores, qual será a reação do Mateo ao ver o amor de sua vida ao lado só seu pior inimigo? Não percam o próximo capítulo amanhã para descobrir....
